Como você define a criatividade? É a mesma coisa que inovação? Será que qualquer um pode ser criativo? O que torna uma ideia genial?
Apesar de muito discutido, o funcionamento do processo criativo ainda é um mistério para muitos. A gente já falou sobre os tipos de inovação, então nada mais justo do que expandir a conversa para celebrar o dia da criatividade, que acontece no dia 17 de novembro! Assim, também te ajudamos a entender mais sobre esse assunto tão relevante para nosso dia a dia, dentro e fora do ambiente de trabalho.
Nesse post, desvendaremos os maiores mitos sobre o universo criativo: afinal, será que a criatividade é um conceito tão abstrato assim? Veja com a gente!
Mito um: criatividade e inovação são a mesma coisa
Conceitualmente, criatividade e inovação são similares e caminham juntas quando o objetivo é a criação e o desenvolvimento de uma ideia. No entanto, elas não são iguais. E qual é a diferença?
Criatividade é a habilidade de imaginação. É o pensamento, a ideia, o uso do nosso repertório mental para pensar em uma coisa nova. Inovação, por outro lado, descreve a busca por soluções: é a superação de um problema e a implementação de um novo sistema, uma forma otimizada de se executar algo.
Na prática, ambos os termos se complementam, afinal, a inovação surge a partir de uma ideia, e essa ideia surge com a criatividade.
Mito dois: só quem é artista precisa ser criativo
Quando pensamos em alguém criativo, uma das primeiras imagens que vêm à mente é a de um pintor com quadros surrealistas, um cantor com músicas profundas, um artista plástico que produz esculturas fantásticas ou algo próximo desses três exemplos.
Mas é importante entender que criatividade não se limita ao mundo artístico: é possível ser criativo sem usar um pincel, por exemplo. Generalizando, todo artista é criativo, mas nem todo criativo é artista.
Se criatividade é a ideia, então o processo criativo pode ser aplicado em qualquer profissão que necessite de uma. Um publicitário pode pensar em uma campanha de marketing para um cliente, um engenheiro pode imaginar uma nova funcionalidade para seu robô, um professor pode refletir sobre uma forma inédita para avaliar seus alunos. Isso tudo é criatividade.
Pensar em novas formas de fazer algo não está restrito a um único mercado!
Mito três: criatividade é um dom
Quanto mais uma pessoa lê, melhor fica seu repertório de palavras e, consequentemente, melhor fica sua escrita. Com a criatividade é a mesma coisa: ela é uma habilidade, desenvolvida e aperfeiçoada com o tempo, que precisa ser alimentada para continuar funcionando.
Durante a infância, somos extremamente criativos. Com o passar do tempo, porém, nossa mente é acostumada a se encaixar nos padrões de funcionamento da escola, que muitas vezes recompensa uma forma de pensar com uma única resposta certa, mais tradicional e convergente.
Aos poucos, deixamos a imaginação e o pensamento divergente de lado: todos nascem com essa habilidade, mas não são todos que conseguem permanecer com ela até a vida adulta.
Se você não se considera uma pessoa muito criativa, talvez seja o momento de tentar expandir seus repertórios, conversar com outras pessoas sobre assuntos de interesse e procurar novas fontes de inspiração para incentivar a mente e, assim, o treino da criatividade.
Quanto mais conhecimento buscamos, maior é a chance de enxergarmos ideias antes não imaginadas. É importante se reconectar com aquela criança interior, com ideias livres e mirabolantes.
Mito quatro: uma ideia precisa ser genial para funcionar
Uma boa ideia criativa não precisa ser aquela que vai mudar o mundo: ela só precisa ter um impacto positivo no nicho que se propõe a atender, por menor que seja.
Mesmo que o escopo seja pequeno ou que o conceito não pareça inicialmente perfeito para um Prêmio Nobel, a criatividade flui melhor quando não se restringe à pressão externa e a ideia vai sendo elaborada livremente.
Em algum momento, imaginaram a fita adesiva, a panela elétrica, o patinete motorizado e a caneta esferográfica, por exemplo. Uma ótima ideia só se torna genial quando permitimos que ela seja!
Mito cinco: não podemos errar
Mais cedo ou mais tarde, todos nós temos medo de errar. Diversas vezes, é isso que nos impede de amadurecer um conceito abstrato e torná-lo uma inovação aplicável no mundo real. A insegurança, o medo do fracasso e o receio de não atingir nossas próprias expectativas acabam por nos paralisar e muitas vezes bloqueiam ideias com grandes potenciais.
Porém, verdade seja dita: principalmente no campo da inovação, o erro também faz parte – é aceitando sua existência que nos permitimos arriscar uma nova ideia, riscar a antiga e investir em outras tentativas para, finalmente, acertar (aliás, já pensou que um erro pode resultar em um conceito inovador? Ele é mais importante do que parece!) ?
Assim como há um receio em se cometer erros, também existe a realidade de que todos nós erramos. Ninguém sabe de tudo e a única forma de fazer uma ideia funcionar é se permitindo correr riscos. Afinal, quem não erra, não aprende!
Que tal experimentar na prática?
Pensou em algo diferente? Apresente sua ideia para outros, peça ajuda para desenvolvê-la, estude a respeito e veja como você pode aplicar esse conceito na prática.
Você pode começar identificando quais são os gatilhos que estimulam suas habilidades criativas e também praticar a inovação no dia a dia!
Aí vai uma dica: busque apreciar os detalhes da rotina que passam batido. Ao desacelerarmos da monotonia, passamos a enxergar muito mais coisas do que de costume, abrindo espaço para um pensamento mais inovador 🙂
A criatividade e a inovação são conceitos complementares que surgem dentro do seu imaginário. Mas, para tomarem forma palpável, é preciso que você dê um “empurrão” e inicie os primeiros passos. Sem tirar seus conceitos da cabeça, nada vai mudar.
Na melhor das hipóteses, vai dar certo. Na pior, se transforma em um protótipo. O tempo ideal para começar é agora ?