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Inovação em energia: parcerias são peça-chave

Inovação em energia: parcerias são peça-chave

Artigo redigido em colaboração com Danilo Leite, Head de Inovação na área de energia da Raízen.

Qual é sua relação com a energia no cotidiano? A maioria das pessoas tem uma relação passiva: consome e paga a conta, abastece o carro e segue viagem. É como se a energia estivesse sempre ali e da mesma forma ‒ a um toque de interruptor, um girar de chave, um plugue na tomada ou, mais recentemente, um comando para a Alexa.

Mas a inovação em energia não parou na forma de acender a luz, nem na invenção do LED. Muito menos na invenção da lâmpada por Thomas Edison ou no primeiro carro a gasolina de Karl Benz. 

Tudo isso faz parte de uma história que remonta à própria história da modernidade e chega até a Grécia Antiga. Aliás, gratidão eterna a Tales de Mileto, Alessandro Volta e todos os outros. Cada descoberta serve como combustível para as seguintes. Assim, a história da inovação em energia e eletricidade continua sendo escrita agora. 

E é sobre inovações do presente e para o futuro que vamos falar neste artigo. 

É para que a energia chegue às residências, automóveis e indústrias de forma cada vez mais eficiente, segura e sustentável que se busca inovação sempre. Não é à toa que o mote da Raízen é “redefinindo o futuro da energia”, e que o Pulse é aliado nessa jornada. Vamos entender mais?

Tendências da inovação em energia

A inovação em energia acontece em diferentes pontos da cadeia produtiva: nas fontes e métodos de geração, formas de armazenamento, distribuição, comercialização e modelos de negócio em geral.

Em todas essas etapas é possível visualizar tendências macros de inovação, e elas podem ser sintetizadas em 3 Ds e um E:

Descarbonização, Digitalização, Descentralização e Eletrificação. A seguir, vamos abordar um pouco mais sobre cada um desses movimentos.

Descarbonização do mercado de energia

A descarbonização é uma necessidade global, e o mercado de energia é parte central nesse processo. Essa tendência é impulsionada pela crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), especialmente o dióxido de carbono (CO₂).

O principal ponto em relação à geração de energia é a transição gradual de fontes fósseis, como carvão e petróleo (não renováveis e altamente emissoras de CO₂) para fontes renováveis e mais limpas. Aqui entram iniciativas variadas para melhor aproveitamento da energia solar, eólica, hidrelétrica e de biomassa.

Além de pensar a matéria-prima, a inovação voltada à descarbonização envolve pensar processos mais limpos e com menor impacto ambiental. No caso da geração de energia limpa, é preciso pensar se o transporte de materiais ou de combustíveis, o tipo de estocagem, as vias de abastecimento e a transformação do entorno seguem o mesmo padrão sustentável. 

Podemos usar uma usina hidrelétrica como exemplo para avaliar esses fatores. A energia produzida é renovável, mas a construção de grandes usinas depende do alagamento de áreas amplas. Além do deslocamento da população que vivia ali, existe ainda o risco de desequilíbrio ambiental. 

Outro fator é a distribuição dessa energia, considerando que as usinas são construídas em locais mais afastados justamente pela complexidade da estrutura. Qual é a matriz energética utilizada nesse deslocamento? É igualmente renovável ou emite GEEs? Por isso, o processo de descarbonização precisa ser pensado de maneira sistêmica ‒ e é aí que surge o outro D, o de descentralização. 

Descentralização

Tanto em inovação quanto em produção de energia, descentralizar é distribuir recursos de forma mais ampla, diferentemente do sistema centralizado habitual. 

Quando aplicada à produção de energia, a descentralização ocorre quando várias pequenas usinas hidrelétricas, plantas solares e outras matrizes estão posicionadas em diferentes locais, mais próximas do consumo final. Como resultado, é possível reduzir as perdas de transmissão acarretadas pelas longas distâncias, além de diminuir a necessidade de investimento em infraestrutura de grande escala. 

Descentralizar a geração de energia também estimula o uso de recursos locais, reduzindo a dependência de fontes externas e minimizando o impacto ambiental associado ao transporte. A redução das emissões de GEEs não se limita ao deslocamento, já que, com mais opções de fontes renováveis perto do consumidor, cresce o uso e procura por energia solar, hidrelétrica e de biomassa.

Digitalização

A digitalização aumentou o nível de exigência dos consumidores em relação a diferentes setores e, com o consumo de energia, não é diferente. Hoje já é possível monitorar consumo, eficiência energética e capacidade de distribuição com IoT (internet das coisas) ao nível empresarial. Mas, quando se trata da contratação de energia residencial, ainda falta democratização. 

Para democratizar, é necessário reduzir custos de produção sem perder eficiência. Nesse caso, ser eficiente é gerar energia a curto prazo e converter energia gerada em energia consumida. Com a digitalização, é possível identificar desperdícios e pensar em soluções de consumo mais assertivas. 

Quando o consumo é de grande porte, já existem medidores inteligentes e outras ferramentas. A startup CUBi, por exemplo, usa IoT para facilitar a telemetria da produção e consumo de energia, o que permite à Raízen oferecer aos clientes maior previsibilidade e otimização de suas operações.

Digitalizar tem ainda um papel fundamental na integração de fontes renováveis à rede elétrica. Sistemas de geração de energia solar e eólica podem ser monitorados e controlados, permitindo uma melhor previsão de produção e ajustes na distribuição de energia, o que garante maior eficiência na gestão dos recursos energéticos.

Eletrificação

Eletrificar uma cadeia ou um sistema já existente impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços relacionados a geração, armazenamento e uso da eletricidade.

A frota de carros elétricos é um exemplo concreto desse desenvolvimento, já que o uso desses modelos influenciou no aumento de postos de recarga distribuídos pelo país. Ela se tornou uma exigência dos próprios consumidores, dando abertura para um novo negócio a partir da eletrificação. 

A mesma tecnologia tem sido usada para veículos de grande porte. Exemplo disso são os caminhões elétricos que começam a ser usados para o abastecimento de aviões em aeroportos, diminuindo as emissões de GEEs no setor. 

Mas, para que a eletrificação realmente tenha impactos ambientais positivos nesse sistema, a fonte energética precisa ser verdadeiramente limpa e renovável. Os eletropostos Shell Recharge da Raízen, por exemplo, são abastecidos com energia com certificado IREC ‒ International Renewable Energy Certificate (Certificado Internacional de Energia Renovável, em tradução livre). 

Nasce então uma nova unidade de negócios da Raízen, a Raízen Power. O objetivo da marca é simplificar a contratação de energia elétrica renovável em diferentes níveis, dando mais liberdade também para o consumidor pessoa física. 

Assim como as pessoas já escolhem serviços de streaming, planos de internet e outros serviços, a Raízen Power se prepara para a migração dos consumidores para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), possibilitando um consumo mais sustentável. 

Conheça https://raizenpower.com.br

Inovações em cada ponto da cadeia

Pensar em inovação no setor de energia vai além do que acontece dentro de uma usina. É preciso continuar buscando por soluções eficientes e sustentáveis, acompanhando tendências e estudando a viabilidade das novidades que surgem. Afinal, uma tecnologia que está sendo desenvolvida para outros mercados pode não se aplicar à cadeia produtiva brasileira. 

A produção de energia no país, por exemplo, já é majoritariamente renovável, portanto, não enfrentamos os mesmos desafios dos países europeus ainda dependentes de carvão. 

Ainda é necessário investir em distribuição mais descentralizada, como mencionamos anteriormente, levando opções de abastecimento diferentes para mais perto do consumidor final. 

Para o armazenamento de energia existem alternativas ao uso de baterias sendo estudadas e produzidas em todo o mundo. 

Na comercialização de energia, o mercado brasileiro está se encaminhando para negociações mais livres, mas já existem modelos de geração distribuída e de venda de excedentes. 

Com essa transformação, o impacto também é sentido no consumo, já que as pessoas passam a buscar aparelhos mais eficientes, econômicos e de menor manutenção. 

Dentro da cadeia de produção de energia, há sempre espaço para quem tem ideias transformadoras. O Pulse está sempre em busca de startups para se juntar ao nosso hub de inovação e desenvolver novas tecnologias com aplicações que vão do campo ao posto. 

Traga sua startup para o Pulse

Entre tantas inovações, como direcionar esforços? 

Já ouviu aquela expressão sobre escolher em quais batalhas vale a pena entrar? No cenário de inovação não é diferente. Uma grande empresa em busca de soluções ou diversificação de portfólio precisa pontuar diferentes fatores na hora de definir seus investimentos em inovação.

Por exemplo: como essa inovação agrega valor ao cliente? Qual é o custo de produção e implementação? Qual é o potencial de escalabilidade dessa ideia?

No caminho da inovação, investimentos, tentativas, erros e acertos, surgem as parcerias. Afinal, uma empresa não precisa criar tudo do zero ou fazer tudo sozinha.

A Raízen aposta nessa via de trabalho em conjunto. Assim, em conjunto, a Diel, que reduz o consumo elétrico de sistemas de ar condicionado, soma à sua solução a energia mais limpa e econômica da Raízen Power; a Cubi que monitora consumo e produção de energia, permite um cálculo mais preciso para a Raízen direcionar sua produção; a Heineken, além de usar eletricidade renovável da Raízen na fábrica, oferece também essa possibilidade para bares e restaurantes que vendem seus produtos. 

Conheça mais startups que já atuam em parceria com o Pulse

Da mesma forma, startups que atuam em diferentes pontos da cadeia de energia podem contar com o Pulse para conectar suas soluções às demandas da Raízen. 

Com cases que utilizam IoT, inteligências artificiais, big data, drones e mais, estamos construindo juntos um novo ambiente de negócios, visando eficiência, inovação e sustentabilidade para um futuro energizado.

Se a busca por soluções inovadoras em energia não param de acontecer, como estipular o valor de cada inovação no setor? Saiba criar valor com inovação e entenda que valor é esse. 

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