Startups se encontram com potencial de entregas únicas: Agroclima PRO, spin-off da Climatempo, Arpac, @Tech, Cromai e InCeres . Cada empresa tem um serviço de última geração com previsões que aceleram a tomada de decisão na lavoura.
O local onde elas se encontram é o Pulse, hub de Inovação da Raízen, e é assim que começa uma história de parceria e colaboração no ecossistema de startups.
Mais do que contar cases de sucesso (que tanto nos orgulha!), o objetivo deste artigo é compartilhar os aprendizados e os cuidados necessários numa parceria empresarial.
A colaboração entre startups é uma alternativa promissora, mas é crucial que seja segura e vantajosa para todas as partes. Quer ver como? Continue a leitura:
A importância do contrato
Uma parceria que se preze tem que ser boa pra todo mundo! O objetivo primordial de uma parceria entre empresas é possibilitar o crescimento conjunto.
Em termos mais concretos, isso pode acontecer por meio de 1) redução de custos de infraestrutura, 2) compartilhamento de clientes ou mesmo 3) a oferta de produtos mais complexos.
As intenções são ótimas, mas é importante oficializar essa relação por meio de um contrato de parceria empresarial ou comercial. Assim, evitam-se dores de cabeça no futuro.
Um contrato de parceria entre empresas é diferente de um contrato de prestação de serviço ou de uma sociedade, por exemplo. Afinal, são objetivos diferentes.
No contrato de parceria, é preciso alinhar direitos e responsabilidades de cada parte no processo, antecipar os detalhes da operação, estabelecer a distribuição de riscos e de ganhos.
Como elaborar um contrato de parceria entre startups
Desde a identificação da parceria até às disposições gerais, cada parte deve ser cuidadosamente debatida por todos os envolvidos.
O ideal é que se busque uma consultoria jurídica para isso. Porém, para passar uma ideia do que pode constar no contrato, vamos antecipar alguns pontos básicos
Identificação: o início do documento especifica o modelo de parceria como “Contrato de Parceria para Venda de Produtos”. Na sequência, as partes envolvidas são detalhadas, incluindo informações como nomes, CNPJ, CPF e endereço.
Objeto da parceria: essa costuma ser a primeira cláusula e se desdobra em parágrafos de detalhamento. Neles são descritas a operação, as intenções, o prazo de contrato, atribuições, direitos e deveres de cada parte. É também necessário incluir uma cláusula abordando custos e condições de pagamento, estabelecendo uma base sólida para a transparência financeira na parceria.
Algumas cláusulas importantes para o contrato de parceria
Cláusulas como exclusividade, não concorrência e sigilo, desempenham papéis vitais na garantia dos interesses dos parceiros. As especificidades de cada uma delas precisa ser discutida pelos parceiros:
Exclusividade: garante que os parceiros não ofereçam serviços a concorrentes, fortalecendo a cooperação e protegendo interesses exclusivos.
Não concorrência: impede que os parceiros atuem em atividades semelhantes, evitando conflitos e preservando nichos de mercado.
Sigilo: estabelece a confidencialidade de informações e dados sensíveis, promovendo a segurança e resguardando propriedade intelectual.
Segurança de dados: dados de clientes e de parceiros são protegidos pela LGPD. Saiba mais sobre a importância da cibersegurança para fechar negócios.
Direito autoral: define a propriedade de criações, assegurando que a propriedade intelectual seja respeitada e compartilhada de forma justa.
Também é necessário definir o que acontece se uma parte decidir encerrar o contrato ou violar alguma cláusula. Normalmente, isso resulta no pagamento de uma multa.
Cuidado com as Cláusulas Leoninas!
Quando se começa uma parceria, parte-se do princípio da boa-fé das partes. No entanto, é preciso atenção às chamadas cláusulas leoninas ou cláusulas abusivas.
Elas estabelecem uma relação desproporcional entre as partes e prejudicam a equidade em contratos, comprometendo a integridade e igualdade na parceria.
Case: como Agroclima PRO e Arpac formalizaram a parceria entre startups
A parceria entre Arpac e Agroclima PRO começou em um Dia de Bioparque, quando os membros das startups são levados para conhecer de perto as operações agrícolas e da indústria da Raízen. Logo eles identificaram uma sinergia entre seus negócios e Arpac tornou-se cliente da Agroclima, dando início a uma potente aliança.
A Arpac trabalha com pulverização, que está intrinsecamente ligada às condições meteorológicas, uma vez que chuva e vento podem afetar a efetividade do produto pulverizado. Eles usam o serviço de previsibilidade climática e de janela de pulverização da Agroclima PRO para ajudar neste planejamento.
Leia também: Criar valor com inovação: mas que inovação e que valor?
Case: monitoramento e inteligência com Cromai e Arpac
Experiências de tecnologia de última geração se unindo para melhores resultados no agro, essa é a parceria entre Cromai e Arpac. Se antes a identificação de daninhas era feita de forma manual, hoje é bem diferente.
A Cromai conta com uma solução tecnológica para identificação georreferenciada de daninhas com inteligência artificial. E como captar todas essas imagens? Com a tecnologia de drones para pulverização da Arpac para mais alcance e eficiência.
Dessa maneira a Arpac diminuiu o SLA de entrega na identificação e a Cromai o processamento de dados. A parceria entre as duas permite maior escala na operação e precisão na decisão de manejo. A conexão foi feita no Pulse, e de início fornecida a Raízen.
Case: tomando as melhores decisões no campo com InCeres + @Tech
Não é à toa que essa dupla de empresas se conectou, já que ambas começam a se descrever de maneira parecida: ajudam pessoas a tomar melhores decisões nos negócios agro.
Ambas utilizam inteligência artificial e dados para guiar as estratégias que são mais necessárias aos clientes, que também podem ser indicados entre si. A parceria surgiu do entendimento que as soluções são complementares. Uma olhando para os animais e a outra para o pasto.
A partir disso, estão tentando também desenvolver outras tecnologias para auxiliar o produtor e o pecuarista.
Dicas para uma parceria saudável entre startups
Como você pôde ver, parcerias saudáveis e justas são prioridades aqui no Pulse. É por isso que prezamos pelas melhores práticas no relacionamento com startups, especialmente nos projetos de inovação aberta com a Raízen.
Alguns dos nossos aprendizados se estendem para parcerias entre startups:
Alinhamento cultural: conhecer e alinhar as culturas das startups envolvidas evita desgastes durante a operação
Alinhamento estratégico: ter metas claras do que se espera da parceria e direcionar esforços para alcançá-la, sem comprometer os outros investimentos de cada empresa
Orçamentos: alinhar expectativas financeiras e definir orçamentos – e ter uma verba inicial ou investidor para testes.
Processos Decisórios: estabelecer processos claros para decisões conjuntas.
Consultoria Jurídica: buscar a orientação jurídica para elaborar contratos justos.
Transparência e Confiança: promover transparência na comunicação e operações ajuda a manter um ambiente confiável entre as partes.
Flexibilidade: ser flexível para adaptações conforme a evolução da parceria.
Avaliação contínua: realizar avaliações regulares para ajustes e melhorias.
Em resumo, a construção de parcerias entre startups é uma jornada cheia de desafios, mas repleta de oportunidades. A experiência compartilhada pelo trio Arpac, Taggen e Agroclima é a prova da importância de acordos claros e ambientes colaborativos.
Ao trilhar o caminho da colaboração, lembre-se: mantenha as coisas transparentes, ajuste-se conforme necessário e, claro, aproveite o impulso extra que um hub como o Pulse pode oferecer. Além de gerar encontros e promover pontes, adoramos impulsionar negócios.
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Principais fontes utilizadas: