Conheça os principais problemas que atemorizam as startups, as impedindo de escalar o negócio e se consolidar no mercado
Quando o empreendedor cria uma startup, ele sonha com o dia em que o negócio vai começar a crescer e rentabilizar. Essa expectativa positiva funciona como combustível para tirar o projeto do papel. Mas cuidado para não ver seus sonhos virarem um pesadelo!
É que a jornada até o sucesso muitas vezes está sujeita a turbulências que precisam ser bem conduzidas. Caso contrário, o empreendedor pode se deparar com um “Dia das Bruxas” que parece sem fim, em que:
- O desconhecimento do mercado pode se tornar algo assustador e gerar medo e insegurança;
- O otimismo exagerado com o produto pode mascarar grandes desafios;
- Um time mal estruturado e sem foco pode envenenar as chances de crescimento;
- A má gestão financeira pode ser uma armadilha perigosa;
- A resistência à mudança e a dificuldade em inovar podem assombrar o futuro do negócio.
Na gestão do empreendimento, esses pontos podem tornar uma startup mais uma “casa mal-assombrada” do que um negócio próspero e escalável.
O que é o Vale da Morte para as Startups?
Não lidar adequadamente com problemas como esses descritos acima pode ser fatal para o futuro do negócio. O empreendimento corre o risco de entrar numa fase crítica, conhecida como Vale da Morte das Startups.
Esse estágio conturbado geralmente vem na fase inicial do processo de implantação do negócio: logo após a validação da ideia da startup e antes da escalabilidade e da sustentabilidade financeira.
É um período em que as startups estão operando com fluxo de caixa negativo e enfrentam problemas para gerar receita suficiente para cobrir seus custos operacionais. Nessa fase, a empresa está tentando encontrar seu modelo de negócios viável, melhorar seu produto ou serviço e atrair uma base sólida de clientes.
10 erros que podem comprometer o futuro de uma startup
Confira alguns erros comuns que podem colocar em risco não apenas o desenvolvimento, mas até a sobrevivência de uma startup, especialmente nas fases iniciais do empreendimento.
- Falta de gestão ampla do negócio
A importância do preparo e do conhecimento do fornecedor na gestão de negócios é fundamental para o sucesso de uma startup. Um empreendedor deve ser capaz de identificar seus pontos fracos em gestão, pois esse autoconhecimento é o primeiro passo para o desenvolvimento pessoal e profissional. Reconhecer suas limitações permite que busque o aprendizado contínuo ou, se necessário, traga para o board pessoas com as skills certas para complementar sua visão. Dessa forma, a diversidade de competências dentro da equipe se torna um diferencial estratégico, permitindo uma gestão mais eficaz e a criação de soluções inovadoras que impulsionam o crescimento da startup.
- Excesso de confiança
Se existe confiança exagerada, existe a tendência de superestimar capacidades e habilidades ou de desfocar a compreensão da realidade. Em ambientes empresariais, isso pode levar a decisões imprudentes e à má gestão de recursos.
O empreendedor pode subestimar desafios, ignorar feedbacks, errar na gestão financeira ou fazer contratações de pessoas com base em visões muito otimistas. Equilibrar confiança nas próprias capacidades e uma avaliação realista dos desafios é crucial.
- Ignorar feedback do cliente
O feedback dos clientes fornece insights valiosos sobre suas necessidades, desejos e expectativas. Isso é fundamental para desenvolver produtos e serviços que realmente atendam ao mercado, além de permitir o aprimoramento contínuo.
Criar mecanismos de captura e análise do feedback não apenas ajuda a criar produtos melhores e mais alinhados com a demanda, como fortalece a relação entre empresa e clientes. Com esse olhar, as startups podem construir uma base sólida para o crescimento sustentável.
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- Má gestão financeira
Uma gestão financeira eficaz é fundamental para garantir a sustentabilidade da startup. Já o gasto além da capacidade financeira pode causar problemas de liquidez e até falência.
A boa gestão financeira permite que os fundadores planejem o crescimento, alocando recursos de maneira adequada e prevendo necessidades futuras de capital. Ao implementar boas práticas, as startups podem aumentar suas chances de escalar e garantir um futuro sustentável.
- Equipe mal estruturada
Uma equipe eficaz deve ter membros com habilidades complementares. Isso significa ter pessoas com diferentes experiências e especializações que possam se apoiar mutuamente, além de estarem abertas a continuar se aprimorando.
Com um time bem formado, é possível ter um ambiente colaborativo, em que os membros podem trocar ideias, resolver problemas juntos e inovar. A sinergia gerada por uma equipe diversificada pode resultar em soluções mais criativas e eficazes.
- Resistência à mudança
Resistir a mudanças é a relutância que os membros da equipe têm em aceitar ou implementar novas ideias, processos ou abordagens. Essa resistência pode surgir de vários fatores, como medo do desconhecido, apego a métodos antigos ou desconfiança em relação à liderança.
Se o negócio enfrenta esse problema, mexa-se! Isso pode significar limitação para a capacidade de inovar e de se adaptar em um ambiente de negócios em constante evolução. Estar disposto a mudar e evoluir é essencial para a sobrevivência e o sucesso a longo prazo.
- Proteção inadequada da marca
A marca é um dos ativos mais valiosos de uma startup e não fazer o seu registro correto pode resultar em problemas legais e perda de exclusividade no uso do nome.
O registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) assegura que a startup tenha o direito exclusivo de usar seu nome e logotipo em determinadas classes de produtos e serviços. Isso ajuda a evitar confusões no mercado e protege a empresa contra concorrentes que possam tentar se aproveitar da reputação construída.
- Modelo de negócios falho
O modelo de negócios define como a startup cria, entrega e captura valor, orientando as decisões estratégicas e operacionais, ajudando a identificar oportunidades, otimizar recursos e direcionar esforços para as áreas mais lucrativas.
Quando é mal construído, pode inviabilizar o sucesso do empreendimento. Por sua relevância, investir tempo e esforço no desenvolvimento de um modelo de negócio sólido e viável é essencial para garantir a sustentabilidade e a escalabilidade.
- Problemas jurídicos
Talvez seja um dos erros que mais levam um negócio ao fracasso. Um bom ponto de partida é assegurar a formalização de acordos e contratos entre sócios, clientes e fornecedores, o que estabelece expectativas claras sobre direitos, deveres e responsabilidades, evitando mal-entendidos, conflitos e disputas judiciais onerosas.
Ao abordar esse tema de forma proativa, a startup demonstra profissionalismo, aumenta suas chances de sucesso e evita complicações futuras.Investidores e parceiros querem segurança jurídica e, por isso, tendem a valorizar startups que têm acordos formais e bem estruturados.
- Foco exclusivo no curto prazo
Ter visão estratégica é crucial. Por isso, o planejamento de longo prazo ajuda a definir uma visão clara para a empresa, estabelecendo objetivos e metas que orientam ações do dia a dia. Focar em resultados imediatos pode levar a decisões que sacrificam a saúde financeira e operacional da empresa.
Um planejamento sólido garante que a startup se mantenha competitiva e adaptável às mudanças do mercado. Além disso, investidores estão mais interessados em startups que têm um plano de crescimento claro e sustentável.
Chega o momento em que a startup faz o lançamento e começa a comercializar o produto ou serviço para o público em geral. Nessa etapa (early stage), muitas startups recebem aportes de investidores-anjo. Eles já conseguem enxergar o negócio em operação e têm condições de avaliar o potencial de crescimento. Vale ressaltar que o desenvolvimento da solução continua acontecendo.
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A fase inicial da startup é fundamental para o sucesso do negócio
Você quer espantar todos os espíritos malignos da sua startup? Temos duas sugestões: ou você providencia uma abóbora, que segundo a tradição do Halloween pode te proteger dos mal agouros ou aperfeiçoa suas estratégias e processos, especialmente durante as etapas iniciais do ciclo de vida da startup.
Falhas nesse estágio, devido por exemplo à falta de preparação, planejamento inadequado ou incapacidade de se adaptar às mudanças do mercado, podem impedir que o negócio chegue à escalabilidade.
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