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Colaboração entre startups: como firmar contratos de parceria

Duas startups se encontram: Agroclima PRO, spin-off da Climatempo, e Arpac. Uma empresa possui serviços de previsões meteorológicas específicas para o campo. A outra tem drones para pulverização segura e de precisão.

O local onde elas se encontraram é o Pulse, hub de Inovação da Raízen, e é assim que começa uma história de parceria e colaboração no ecossistema de startups.

Mais do que contar um case de sucesso (que tanto nos orgulha!), o objetivo deste artigo é compartilhar os aprendizados e os cuidados necessários numa parceria empresarial. 

A colaboração entre startups é uma alternativa promissora, mas é crucial que seja segura e vantajosa para todas as partes. Quer ver como? Continue a leitura:

A importância do contrato

Uma parceria que se preze tem que ser boa pra todo mundo! O objetivo primordial de uma parceria entre empresas é possibilitar o crescimento conjunto. 

Em termos mais concretos, isso pode acontecer por meio de 1) redução de custos de infraestrutura, 2) compartilhamento de clientes ou mesmo 3) a oferta de produtos mais complexos. 

As intenções são ótimas, mas é importante oficializar essa relação por meio de um contrato de parceria empresarial ou comercial. Assim, evitam-se dores de cabeça no futuro.

Um contrato de parceria entre empresas é diferente de um contrato de prestação de serviço ou de uma sociedade, por exemplo. Afinal, são objetivos diferentes. 

No contrato de parceria, é preciso alinhar direitos e responsabilidades de cada parte no processo, antecipar os detalhes da operação, estabelecer a distribuição de riscos e de ganhos.

Como elaborar um contrato de parceria entre startups

Desde a identificação da parceria até às disposições gerais, cada parte deve ser cuidadosamente debatida por todos os envolvidos.

O ideal é que se busque uma consultoria jurídica para isso. Porém, para passar uma ideia do que pode constar no contrato, vamos antecipar alguns pontos básicos

Identificação: o início do documento especifica o modelo de parceria como “Contrato de Parceria para Venda de Produtos”. Na sequência, as partes envolvidas são detalhadas, incluindo informações como nomes, CNPJ, CPF e endereço.

Objeto da parceria: essa costuma ser a primeira cláusula e se desdobra em parágrafos de detalhamento. Neles são descritas a operação, as intenções, o prazo de contrato, atribuições, direitos e deveres de cada parte. É também necessário incluir uma cláusula abordando custos e condições de pagamento, estabelecendo uma base sólida para a transparência financeira na parceria.

Algumas cláusulas importantes para o contrato de parceria

Cláusulas como exclusividade, não concorrência e sigilo, desempenham papéis vitais na garantia dos interesses dos parceiros. As especificidades de cada uma delas precisa ser discutida pelos parceiros:

Exclusividade: garante que os parceiros não ofereçam serviços a concorrentes, fortalecendo a cooperação e protegendo interesses exclusivos.

Não concorrência: impede que os parceiros atuem em atividades semelhantes, evitando conflitos e preservando nichos de mercado.

Sigilo: estabelece a confidencialidade de informações e dados sensíveis, promovendo a segurança e resguardando propriedade intelectual.

Segurança de dados: dados de clientes e de parceiros são protegidos pela LGPD. Saiba mais sobre a importância da cibersegurança para fechar negócios. 

Direito autoral: define a propriedade de criações, assegurando que a propriedade intelectual seja respeitada e compartilhada de forma justa.

Também é necessário definir o que acontece se uma parte decidir encerrar o contrato ou violar alguma cláusula. Normalmente, isso resulta no pagamento de uma multa.

Cuidado com as Cláusulas Leoninas!

Quando se começa uma parceria, parte-se do princípio da boa-fé das partes. No entanto, é preciso atenção às chamadas cláusulas leoninas ou cláusulas abusivas. 

Elas estabelecem uma relação desproporcional entre as partes e prejudicam a equidade em contratos, comprometendo a integridade e igualdade na parceria.

Case: como Agroclima PRO e Arpac formalizaram a parceria entre startups

A parceria entre Arpac e Agroclima começou em um Dia de Bioparque, quando os membros das startups são levados para conhecer de perto as operações agrícolas e da indústria. Logo eles identificaram uma sinergia entre seus negócios e Arpac tornou-se cliente da Agroclima, dando início a uma potente aliança.

A Arpac trabalha com pulverização, que está intrinsecamente ligada às condições meteorológicas, uma vez que chuva e vento podem afetar a efetividade do produto pulverizado. Eles usam o serviço de previsibilidade climática e de janela de pulverização da Agroclima PRO para ajudar neste planejamento.

Leia também: Criar valor com inovação: mas que inovação e que valor? 

Dicas para uma parceria saudável entre startups 

Como você pôde ver, parcerias saudáveis e justas são prioridades aqui no Pulse. É por isso que prezamos pelas melhores práticas no relacionamento com startups, especialmente nos projetos de inovação aberta com a Raízen.

Alguns dos nossos aprendizados se estendem para parcerias entre startups:

Alinhamento cultural: conhecer e alinhar as culturas das startups envolvidas evita desgastes durante a operação 

Alinhamento estratégico: ter metas claras do que se espera da parceria e direcionar esforços para alcançá-la, sem comprometer os outros investimentos de cada empresa

Orçamentos: alinhar expectativas financeiras e definir orçamentos – e ter uma verba inicial ou investidor para testes.

Processos Decisórios: estabelecer processos claros para decisões conjuntas.

Consultoria Jurídica: buscar a orientação jurídica para elaborar contratos justos.

Transparência e Confiança: promover transparência na comunicação e operações ajuda a manter um ambiente confiável entre as partes.

Flexibilidade: ser flexível para adaptações conforme a evolução da parceria.

Avaliação contínua: realizar avaliações regulares para ajustes e melhorias.

Em resumo, a construção de parcerias entre startups é uma jornada cheia de desafios, mas repleta de oportunidades. A experiência compartilhada pelo trio Arpac, Taggen e Agroclima é a prova da importância de acordos claros e ambientes colaborativos. 

Ao trilhar o caminho da colaboração, lembre-se: mantenha as coisas transparentes, ajuste-se conforme necessário e, claro, aproveite o impulso extra que um hub como o Pulse pode oferecer. Além de gerar encontros e promover pontes, adoramos impulsionar negócios.

Quer conhecer mais histórias e parcerias made in Pulse? Confira: 6 anos de Pulse: relembre 4 cases de sucesso que marcaram nossa história! 

Principais fontes utilizadas:

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/contratos-de-parceria-como-fazer-de-forma-segura-na-sua-startup/1555556126

https://ambitojuridico.com.br/modelos-e-pecas/contrato-de-parceria-como-formular-sem-cometer-erros/#:~:text=Em%20um%20contrato%20de%20parceria,em%20um%20contrato%20desse%20tipo.

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Como a inovação pode ser aliada dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?

Ao ler Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, pode ser que você não pense imediatamente na ONU, mas deve se lembrar dos quadradinhos coloridos que ilustram cada ODS. 

Esses objetivos fazem parte de um acordo global firmado pelas Nações Unidas. Nele, uma agenda completa com ações pelo bem estar das pessoas e do planeta indica o que pode ser feito por governos, empresas e outros órgãos até 2030. 

A Raízen, por exemplo, é signatária de 15 dos 17 ODS. Entre eles:

2 – Fome zero e agricultura sustentável;

5 – Igualdade de gênero;

6 – Água potável e saneamento;

8 – Trabalho decente e crescimento econômico;

9 – Indústria, inovação e infraestrutura;

10 – Redução das desigualdades;

11 – Cidades e comunidades sustentáveis;

12 – Consumo e produção responsáveis;

13 – Ação contra a mudança global do clima;

15 – Vida terrestre;

16 – Paz, justiça e instituições eficazes;

17 – Parcerias e meios de implementação.

Quer entender como esses conceitos se aplicam em soluções práticas? Continue a leitura e saiba como a inovação é aliada dos ODS na construção de um futuro mais sustentável. 

Leia também – Mobilidade sustentável: exemplos e como promovê-la

Qual a relação entre os cases do Pulse e os ODS?

Dentro do grande e diverso ecossistema de startups parceiras do Pulse, muitas soluções vão de encontro com os ODS. São projetos voltados para a sustentabilidade, a agricultura, energias renováveis, eficiência através da digitalização e por aí vai. 

A Arable, por exemplo, juntamente com a Raízen e o Pulse, está desenvolvendo uma rede de monitoramento para um uso mais consciente de água e pesticidas nas plantações de cana-de-açúcar.

O projeto também tem como objetivo auxiliar os produtores levando técnicas positivas para a lavoura e para o meio ambiente, reduzindo desperdícios. Essa solução vai de encontro com a grande meta da Raízen de contribuir com a transição energética e estimular o uso de bioenergia. 

Neste case, podemos identificar os ODS: 2 – Fome zero e agricultura sustentável, 7 – Energia Acessível e Limpa, 8 – Trabalho decente e crescimento econômico, 9 – Indústria, inovação e infraestrutura e 12 – Consumo e produção responsáveis.

Ainda falando de soluções para a agricultura, o Drop é um case focado no manejo integrado de pragas de solo para fornecedores de cana-de-açúcar. Ele se encaixa em ODSs semelhantes a Arable, com adição do 17 – Parcerias e meio de implementação. 

Vale a leitura – ESG: o novo papel das startups na sociedade

O desenvolvimento social e a equidade de gênero também são urgências da Agenda 2030 e, consequentemente, fazem parte dos ODS. 

Um exemplo da aplicação desses objetivos próximo ao Pulse é a Laboratória, uma plataforma de empoderamento para mulheres por meio da tecnologia. Os programas oferecidos conectam as profissionais às oportunidades de trabalho, formação e diferentes possibilidades no universo tech.

Em parceria da Laboratória com a Raízen, mais de 40 mulheres foram contratadas a partir do programa “Meu primeiro emprego na Raízen Tech”. Também foram formadas turmas com iniciativas parceiras e contratação dos melhores alunos com foco em diversidade, para áreas de tecnologia. 

Nesse caso, vemos os ODS 4 – Educação de qualidade, 5 – Igualdade de gênero e 10 – Redução das desigualdades, gerando transformação social e econômica na prática. 

Conseguiu identificar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na sua ideia, no seu projeto ou na sua startup? Você pode desenvolver essa solução contando com o impulso do nosso hub. Clique aqui e saiba como fazer parte do Pulse! 

Para colocar qualquer objetivo em prática, é preciso continuar aprendendo. Saiba mais sobre o lifelong learning e porque é tão importante investir em aprendizado no mundo dos negócios.

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6 anos de Pulse: relembre 4 cases de sucesso que marcaram nossa história!

Passou voando como um foguete! O Pulse já tem a idade de uma criança em fase escolar, e por aqui, continuamos aprendendo com cada nova conexão. E foram muitas, cerca de 1200 startups fazem parte da nossa base de dados, onde analisamos ideias, encontramos parceiros e testamos todas as possibilidades.

Mais do que um ecossistema preparado para energizar os negócios que vão moldar o futuro, o Pulse é um ambiente para o desenvolvimento das soluções do agora. Além das oportunidades de negócio com a Raízen, as startups que passam pelo nosso hub encontram espaço para viabilizar suas ideias com liberdade. 

Bora relembrar quem passou por aqui no último ano e agora faz parte dos nossos cases de sucesso? Siga a leitura. 

Da ideia ao piloto, do campo à acessibilidade

Esses são alguns dos destaques do último ano até agora: 

IOTAG: Startup especializada em soluções de conectividade com o objetivo de auxiliar o agronegócio a superar 3 dos seus principais desafios: produzir cada vez mais, em menos tempo e usando menos recursos. 

Para levar mais eficiência para as operações agrícolas da Raízen, a Case IH, marca da CNH Industrial, e a IoTag desenvolveram uma tecnologia que usa Internet das Coisas (IoT) para identificar necessidades de reparo das máquinas.

A solução criada pelas empresas permite coletar dados das máquinas em tempo real e identificar problemas, enquanto uma equipe age paralelamente. Essas informações são úteis para aprimorar decisões importantes e evitar custos de manutenção. 

A ideia já foi mais do que validada e hoje é utilizada em cerca de 200 maquinários. 

Datlo: É uma ferramenta de inteligência em geolocalização que une dados públicos e privados em uma interface amigável, facilitando a visualizações de diferentes níveis.


Com a Raízen, a Datlo participa de 3 iniciativas ao todo. Em combustíveis, apoia o planejamento de postos de combustíveis, auxiliando na compreensão de regiões mais estratégicas para a Raízen.

Em lubrificantes, atua na prospecção comercial junto aos distribuidores, identificando novos clientes em potencial. E em energia, localiza possíveis novas instalações de postos Shell Recharge e Destination.

Arable:  Tendo o Pulse e a Jornada Cultivar, programa da Raízen, como parceiros, a Arable participou do desenvolvimento  do projeto de agricultura digital chamado “Rede de monitoramento para uso eficiente de água e defensivos na produção de cana-de-açúcar”, selecionado pelo Fundo de Impacto Bonsucro.

O projeto busca aumentar a produção sustentável de cana-de-açúcar usando ferramentas inteligentes. Entre os objetivos, a Arable quer ajudar os produtores na gestão da produção de acordo com o clima, considerando os riscos climáticos. 

Reduzir os custos de produção, o desperdício, fortalecer o setor de bioenergia e contribuir para a transição energética também fazem parte das metas do projeto. 

Pessoalize: É especialista em canais digitais, pioneira no atendimento em Libras e está auxiliando a Raízen a tornar a companhia ainda mais acessível para pelo menos 170 funcionários.

A Pessoalize tem fornecido intérpretes de Libras para as lives e treinamentos internos da Raízen, resultando em feedbacks positivos dos colaboradores com deficiência auditiva. A parceria tem sido benéfica tanto para os colaboradores quanto para o ecossistema, demonstrando a importância da inclusão como agente de transformação.

No ano que vem, seu negócio pode estar aqui, fazendo parte da nossa história. Acesse nosso site e traga sua startup para o Pulse

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Cibersegurança: um fator essencial para a startup fechar negócios com grandes empresas

Trabalhar com inovação aberta é bom e a gente ama. Normalmente, a startup entra com uma ideia ou solução, e a grande empresa entra com o espaço, análise e recursos para financiar um piloto antes da implementação. Juntas, as duas empresas criam um produto ou serviço tecnológico que pode promover melhorias para empresa – e ampliar receita e portfólio da startup. 

Mas a relação precisa ser segura para todas as partes.

À medida que as startups se envolvem em parcerias estratégicas com grandes empresas, a segurança de seus ativos digitais e dados torna-se uma prioridade. Um sistema inseguro ou que não atenda às normas da LGPD compromete a confidencialidade de informações e pode ser um empecilho para a continuidade dos negócios.

Para quem está começando, escolher uma estratégia eficiente de segurança digital pode representar um desafio, principalmente para startups com um orçamento modesto. Mas, de acordo com nosso entrevistado, Endrigo Antonini, gerente em cibersegurança da Raízen, os negócios já devem nascer com um plano de respostas a incidentes, desde o dia 1.

Para conhecer as melhores práticas de cibersegurança para startups e como o Pulse auxilia nesse quesito, continue lendo e fique ligado nas dicas do Endrigo. ✍🏽

Quais são os principais desafios de cibersegurança enfrentados pelas startups? 

Antes de mais nada, é preciso considerar o contexto. Anos atrás, negociações envolviam muita papelada, reconhecimento de firma, cópias e mais cópias que podiam acabar em mãos erradas. No caso de golpes, alguns chegavam por ligações suspeitas via telemarketing ou pela clonagem física de cartões de crédito. 

Com o processo de digitalização, em parte acelerado pela pandemia, golpes via redes sociais infelizmente se tornaram cada vez mais comuns. Alguns exemplos são aquelas mensagens suspeitas pedindo PIX, e-mails se passando por bancos, pedidos de confirmação de senhas e outros dados.

Se os desenvolvedores de redes sociais recomendam fortemente a utilização de autenticação de dois fatores para pessoas físicas, imagine o quão imprescindível é ter uma política de segurança sólida para o seu negócio. 

Mas, ao se depararem com os valores dos softwares de cibersegurança ou treinamentos personalizados, muitas startups deixam o assunto para outro momento. Isso porque um dos principais desafios para essas empresas é lidar com o orçamento restrito, portanto, acabam abrindo mão do investimento em ferramentas de proteção. 

Nesse caso, Antonini diz que existem alternativas. Se as soluções surgem dos momentos de necessidade, por que não formular produtos de cibersegurança internamente? Também é possível direcionar fundos para a capacitação intelectual do próprio time nessa área. 

O especialista também aponta para a importância da cultura de segurança. Afinal, se a equipe não está conscientizada e treinada para lidar com situações de risco, erros humanos podem acontecer, informações podem ser vazadas e negócios podem ser comprometidos. O mesmo vale para seus fornecedores:

“A segurança está seguindo um pouco o modus operandi do ESG, estamos entrando na Governança olhando para parceiros e fornecedores e perguntando: como você analisa segurança cibernética? Você tem uma política de segurança? Você tem um processo de resposta-incidente e testa ele, eventualmente? Você tem backup da sua solução?” 

Por falar em negócios comprometidos, muitas vezes o clichê funciona: a pressa é inimiga da perfeição, e da segurança. A vontade de apresentar uma solução para investidores e disponibilizar o produto para os clientes pode deixar seu negócio vulnerável. Por isso, quem passa pelo Pulse recebe orientação para pensar na cibersegurança desde o rascunho. Essa não é só mais uma etapa, mas, sim, uma garantia de estabilidade e confiabilidade diante do mercado. 

Se tratando de confiabilidade e, principalmente, estar dentro da lei, o cumprimento regulatório e o conhecimento da LGPD é imprescindível para a privacidade e segurança da informação. Se dados protegidos vazam, a empresa não somente pode ser multada, mas está cometendo um crime. 

Quais são as melhores práticas em termos de cibersegurança para startups?

Se antes a segurança era vista só como mais uma etapa a ser pensada no final de um projeto, nos últimos anos, o comportamento vem mudando. 

“A gente tem começado a entrar mais no início dessa cadeia, de falar sobre infraestrutura segura, software seguro, a ideação segura. Quais são os requisitos que eu coloco de um sistema para ele abordar segurança? Isso não inviabiliza o produto, justamente o oposto, essa segurança torna o produto possível”, explica Endrigo. 

Para o especialista, o primeiro passo para um negócio começar seguro para si e para os clientes é realizar uma análise de mercado eficiente. Se sua startup criou um aplicativo que lida com pagamentos, vai receber dados de cartão de crédito e informações de pessoas, é preciso compreender qual a regulamentação adequada. 

Conhecendo o que precisa ser protegido e como outras empresas lidam com isso, o negócio pode se preparar para impedir que pessoas mal-intencionadas usem outros comandos para burlar a etapa de login ou acabem usando cartões de créditos de terceiros. 

O mesmo vale para relações com fornecedores, afinal, notas fiscais, endereços, rotas de entrega e outros dados importantes estão disponíveis em um sistema. Para proteger esses dados e evitar que algo possa comprometer a solução ou causar prejuízos, os requisitos de segurança devem fazer parte da startup desde a ideação. 

O que fazer se a empresa não tem um modelo de segurança?

Para os negócios que deixaram a segurança para a última etapa, por uma questão de orçamento ou falta de conhecimento, é possível corrigir. Pode ser que custe mais, pode ser que comprometa outros avanços da startup, mas aderir a um modelo de resposta-incidente é uma questão de sobrevivência.

Essa medida pode ser levada como um exercício de pessimismo: imagine tudo de ruim que pode acontecer com sua empresa. Qual é o cenário mais caótico? Qual é a situação mais grave? O que representaria o fim da sua solução? Não é exagero, é preparação! 


Leia também – De startup inovadora a empresa sólida: como dar o salto

Que tipo de suporte o Pulse dá para a startup no âmbito de segurança digital?

Apesar de não ser caça-fantasmas, o hub de inovação da Raízen tem um rigoroso processo de sprint para orientar em decisões de cibersegurança. Podendo indicar se sua startup está segura ou não.

O Pulse também auxilia os negócios a se prepararem para passar pela criteriosa peneira da Raízen em termos de segurança. Afinal, uma grande empresa de fornecimento de energia precisa ter garantias sobre a confiabilidade de seus parceiros. 

Entre as formas de suporte oferecidas, o time de cibersegurança da Raízen em parceria com o hub aconselha na criação de medidas de segurança, planos de resposta-incidente, verificação dos termos de uso da aplicação, com o objetivo de evoluir a maturidade do negócio. 

Hoje, alguns pilotos podem passar pelo comitê de segurança do Pulse. Essa fase é importante para construir uma visão macro sobre o próprio negócio, estipular prioridades e melhorar os próprios processos. 

Sobre os custos da segurança, Endrigo explica: 

“É possível ter segurança com baixo orçamento tendendo a zero, isso é algo que a gente tem levado para as startups do Pulse. A parte mais cara do processo é o conhecimento das pessoas.” 

Para não esquecer: não é necessário comprar soluções milionárias quando se tem uma postura segura. 

3 dicas indispensáveis do especialista em cibersegurança 

Se o seu negócio ainda é uma ideia no papel, ou a parte de segurança está no final da to-do-list, ainda dá tempo de se adequar e tornar seu negócio mais seguro. Endrigo indica 3 passos indispensáveis para oferecer uma experiência segura para os clientes e passar confiança para possíveis investidores. Confira:

Duplo fator de autenticação ou 2FA: serve para todos os usuários, de funcionários a clientes, para garantir uma camada extra de segurança em todos os níveis. É possível monitorar as tentativas de autenticação bloqueadas ou autorizadas para identificar padrões suspeitos e atividades maliciosas.

Plano de resposta-incidente: é um procedimento detalhado sobre diferentes cenários de insegurança, onde se orienta como lidar com cada um deles passo a passo. Deve incluir um plano de comunicação com todas as partes interessadas, com instruções, nível de prioridade e gravidade, além do possível impacto.

Política de segurança sólida: são regras de uso que consideram possíveis ameaças e orientam sobre o comportamento mais seguro para evitá-las. Deve ser atualizada com frequência para acompanhar a evolução de dispositivos e novas tecnologias. Essa política deve ser conhecida pelos funcionários e fazer parte da cultura de boas práticas. 

Se você tem uma ideia inovadora e quer se transformar em um case de sucesso, traga sua solução – com toda a segurança – para o Pulse! 

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Se está faltando orçamento para cibersegurança, talvez seja o momento de buscar ajuda. No blog, um investidor-anjo mostra o caminho para impulsionar sua startup. 

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Buscando investimento para sua startup? Este texto é para você.

Você e um grupo de colegas têm uma ideia de solução para um problema do mercado? Esse pode ser o primeiro passo para começar uma startup. Mas o caminho que leva à concretização desse sonho exige uma caminhada muito mais longa, é claro. 

Entender o problema, pesquisar o mercado, desenhar a solução, montar um time, apresentar o conceito inicial, buscar recursos e clientes, lançar o produto ou serviço são algumas das etapas envolvidas para colocar a ideia em prática. 

Idas e vindas, erros e aprendizados fazem parte do processo, claro.

Neste artigo, vamos trazer dicas para quem começou essa jornada há pouco tempo e quer saber a hora certa de buscar investidores. Aliás, será que precisa? Para entender mais, conversamos com Orlando Cintra, fundador e CEO da BR Angels (Grupo de Investimento Anjo formado por CEOs e empreendedores). Continue a leitura para dicas quentes. Vamos nessa?

Autoconhecimento: em que fase está sua startup? Já está na hora de buscar investimentos? Como?

Conforme amadurece em cada etapa, o negócio atinge uma nova fase de desenvolvimento, e novos passos são necessários. Eventualmente, algum dinheiro também. Quando é o momento de buscar investidores? Aliás, o investimento externo é sempre necessário?

Para responder a essas perguntas, é essencial saber em que estágio sua empresa está. 

A startup ainda é só uma ideia num arquivo .ppt? Podemos dizer que está em fase pré-operacional

Nesta fase, a startup está focada em testar e refinar seu modelo de negócio, avaliar a demanda pelo produto ou serviço que oferece, identificar potenciais clientes e parceiros e desenvolver um plano estratégico para o lançamento oficial. 

A empresa já desenvolveu um mínimo produto viável (MVP) e está validando o modelo de negócio? Bem-vinda ao early stage. 

Aqui, o foco é testar suas hipóteses, ouvir o feedback dos clientes e ajustar sua abordagem conforme os resultados iniciais. Algumas mudanças de direção podem ser necessárias até chegar no modelo que funciona para sua empresa e resolver o problema do seu cliente.

Já provou que o negócio é viável? Prepare-se para o growth stage.

O growth stage ocorre quando a startup já tem uma base de clientes e receita mais estáveis e se prepara para expandir. Talvez seja o momento de aumentar o time. Vale começar a estudar novos mercados para ampliar sua presença, além de aprimorar ainda mais seu produto.

Para se aprofundar – 4 tipos de inovação para aplicar na sua startup

Ok, mas quando é o momento da startup buscar investidores?

Isso pode acontecer desde o early stage. Na maioria das vezes, tirar a ideia do papel e criar o protótipo de um produto custa caro. Além disso, encontrar clientes e desenvolver modelos de negócio viáveis requer conhecimento, prática e contatos. 

Muita gente, quando fala capital, pensa só em injetar dinheiro. Não é só isso, pode ser um capital intelectual também. E aí entra o smart money. Essa parte do smart é exatamente o capital intelectual, abertura de portas, mentoria. Isso é um capital que vale muitas vezes muito mais do que o dinheiro”, explica o investidor Orlando Cintra.

Mas o próprio fundador da BR Angels alerta: antes de buscar investimentos é preciso entender o momento e a necessidade da startup. 

O dinheiro não cai do céu. Nem anjo dá dinheiro de graça.

No começo, quando a startup não tem condições de se autofinanciar ou precisa de mais experiência e abertura no mercado, o investimento anjo pode ser uma solução. 

Da mesma forma, quando ela já está tracionando e o negócio está dando certo, pode precisar de investimento para dar um salto. Afinal, a velocidade da expansão pode ser crucial para não perder fatias de mercado para a concorrência. 

Em troca de investimento, a startup oferece parte do seu cap table e equity, ou seja, uma participação acionária.

Esse é o bem mais precioso que a startup tem. Por isso, antes de buscar investidores, pergunte-se:

  • O investimento externo é essencial para a minha estratégia de negócio?
  • Vale a pena trocar parte do meu cap table e equity por esse investimento?
  • Tenho clareza do que pretendo fazer com esse capital?

Se ainda há dúvidas, talvez seja o caso de esperar. A jornada de venture capital não é uma fase obrigatória para todas as startups.

 “A pior besteira que uma startup pode fazer é pegar dinheiro por pegar. Eu já vi startups pegando dinheiro e depois não usar. Você trocou equity por dinheiro, e ficou com o dinheiro parado? É muito caro! Depois você não recompra isso. O investidor espera lucratividade. Se ele entrou por cinco, ele espera sair por cinquenta, por dez, por quinze, por um múltiplo maior”, explica Cintra

Agora, se a resposta foi sim, contar com investidores-anjo pode ser a melhor forma de dar corpo a startup e ganhar mais mercado. Mas como conquistá-los? 

Conforme Orlando Cintra, fundador e CEO da BR Angels, é essencial ter brilho nos olhos pela solução proposta. “Mostrar competência e saber trabalhar em time também são características que complementam esse empreendedor”. 

Como as startups podem conquistar a atenção de investidores-anjo?

Brilho no olho e vontade de fazer acontecer são essenciais para conquistar investidores, avisa Cintra. É essa paixão pelo que faz que vai direcionar os esforços e movimentos para a empresa ter sucesso. Não dá pra chegar desestimulado ou cansado, né?

Mas é claro que vontade não é o único combustível necessário para uma startup decolar. Confira cinco pontos que a BR Angels observa na startup:

  • A startup oferece uma solução inovadora para um problema real, não é uma solução procurando um problema. Ou seja, existe interesse do mercado.
  • Relacionado ao ponto anterior, já existe um plano de negócios estruturado: que problema sua empresa resolve e como ela faz isso?
  • Tem um time empreendedor comprometido, ético e engajado, com energia para voar alto.
  • Apresenta estratégia e capacidade de ação: o que o time já faz ou fez antes e onde pretende estar daqui a 3 anos?
  • Busque aprender com sucessos e fracassos de outras empresas. Isso pode acontecer em eventos e leituras, mas também em conversas diretas. Que tal chamar outros empreendedores para tomar um café?

Ambiente de hub, incubadoras, aceleradoras e eventos em geral são propícios para gerar aprendizado e aumentar a visibilidade da startup. Esse é o famoso networking. 

Aproveite bem as oportunidades. Os investidores valorizam quem sabe ouvir e está aberto às trocas – não somente as financeiras. Esteja preparado para responder a perguntas difíceis e fornecer informações detalhadas sobre o negócio.

O networking também ajuda a criar conexões com investidores. Por exemplo, se uma startup já tem o aval de um hub de inovação como o Pulse, isso já é um bom indicativo para o investidor de que ela está sendo vista pelo mercado. 

Além disso, mostra que ela está em contato com outros atores de inovação que ampliam sua visão de negócios. Tudo isso pode ajudar a acelerar etapas, gerar parcerias e coinvestimentos. 

Conselhos finais para empreendedores que estão começando suas próprias startups

Pela visão de Orlando Cintra, o empreendedor deve procurar alguém que já teve sucesso no negócio em que ele está apostando para entender a jornada, aprender e se inspirar. O mesmo deve ser feito olhando para alguém que fracassou nesse mesmo segmento, para analisar o que aconteceu e não repetir os mesmos erros. 

Também é importante definir metas possíveis, se adaptar diante dos imprevistos, encarar os novos desafios e aceitar que às vezes é necessário reavaliar sua estratégia. Esteja preparado para o trabalho árduo, pois empreender exige dedicação e persistência. 

Com determinação, resiliência e criatividade, seu foguete tem tudo para decolar! 

O primeiro passo foi dado, mas o que vem a seguir? Saiba como dar o salto necessário para sua startup inovadora se tornar uma empresa sólida.

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Inovação em energia: parcerias são peça-chave

Artigo redigido em colaboração com Danilo Leite, Head de Inovação na área de energia da Raízen.

Qual é sua relação com a energia no cotidiano? A maioria das pessoas tem uma relação passiva: consome e paga a conta, abastece o carro e segue viagem. É como se a energia estivesse sempre ali e da mesma forma ‒ a um toque de interruptor, um girar de chave, um plugue na tomada ou, mais recentemente, um comando para a Alexa.

Mas a inovação em energia não parou na forma de acender a luz, nem na invenção do LED. Muito menos na invenção da lâmpada por Thomas Edison ou no primeiro carro a gasolina de Karl Benz. 

Tudo isso faz parte de uma história que remonta à própria história da modernidade e chega até a Grécia Antiga. Aliás, gratidão eterna a Tales de Mileto, Alessandro Volta e todos os outros. Cada descoberta serve como combustível para as seguintes. Assim, a história da inovação em energia e eletricidade continua sendo escrita agora. 

E é sobre inovações do presente e para o futuro que vamos falar neste artigo. 

É para que a energia chegue às residências, automóveis e indústrias de forma cada vez mais eficiente, segura e sustentável que se busca inovação sempre. Não é à toa que o mote da Raízen é “redefinindo o futuro da energia”, e que o Pulse é aliado nessa jornada. Vamos entender mais?

Tendências da inovação em energia

A inovação em energia acontece em diferentes pontos da cadeia produtiva: nas fontes e métodos de geração, formas de armazenamento, distribuição, comercialização e modelos de negócio em geral.

Em todas essas etapas é possível visualizar tendências macros de inovação, e elas podem ser sintetizadas em 3 Ds e um E:

Descarbonização, Digitalização, Descentralização e Eletrificação. A seguir, vamos abordar um pouco mais sobre cada um desses movimentos.

Descarbonização do mercado de energia

A descarbonização é uma necessidade global, e o mercado de energia é parte central nesse processo. Essa tendência é impulsionada pela crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), especialmente o dióxido de carbono (CO₂).

O principal ponto em relação à geração de energia é a transição gradual de fontes fósseis, como carvão e petróleo (não renováveis e altamente emissoras de CO₂) para fontes renováveis e mais limpas. Aqui entram iniciativas variadas para melhor aproveitamento da energia solar, eólica, hidrelétrica e de biomassa.

Além de pensar a matéria-prima, a inovação voltada à descarbonização envolve pensar processos mais limpos e com menor impacto ambiental. No caso da geração de energia limpa, é preciso pensar se o transporte de materiais ou de combustíveis, o tipo de estocagem, as vias de abastecimento e a transformação do entorno seguem o mesmo padrão sustentável. 

Podemos usar uma usina hidrelétrica como exemplo para avaliar esses fatores. A energia produzida é renovável, mas a construção de grandes usinas depende do alagamento de áreas amplas. Além do deslocamento da população que vivia ali, existe ainda o risco de desequilíbrio ambiental. 

Outro fator é a distribuição dessa energia, considerando que as usinas são construídas em locais mais afastados justamente pela complexidade da estrutura. Qual é a matriz energética utilizada nesse deslocamento? É igualmente renovável ou emite GEEs? Por isso, o processo de descarbonização precisa ser pensado de maneira sistêmica ‒ e é aí que surge o outro D, o de descentralização. 

Descentralização

Tanto em inovação quanto em produção de energia, descentralizar é distribuir recursos de forma mais ampla, diferentemente do sistema centralizado habitual. 

Quando aplicada à produção de energia, a descentralização ocorre quando várias pequenas usinas hidrelétricas, plantas solares e outras matrizes estão posicionadas em diferentes locais, mais próximas do consumo final. Como resultado, é possível reduzir as perdas de transmissão acarretadas pelas longas distâncias, além de diminuir a necessidade de investimento em infraestrutura de grande escala. 

Descentralizar a geração de energia também estimula o uso de recursos locais, reduzindo a dependência de fontes externas e minimizando o impacto ambiental associado ao transporte. A redução das emissões de GEEs não se limita ao deslocamento, já que, com mais opções de fontes renováveis perto do consumidor, cresce o uso e procura por energia solar, hidrelétrica e de biomassa.

Digitalização

A digitalização aumentou o nível de exigência dos consumidores em relação a diferentes setores e, com o consumo de energia, não é diferente. Hoje já é possível monitorar consumo, eficiência energética e capacidade de distribuição com IoT (internet das coisas) ao nível empresarial. Mas, quando se trata da contratação de energia residencial, ainda falta democratização. 

Para democratizar, é necessário reduzir custos de produção sem perder eficiência. Nesse caso, ser eficiente é gerar energia a curto prazo e converter energia gerada em energia consumida. Com a digitalização, é possível identificar desperdícios e pensar em soluções de consumo mais assertivas. 

Quando o consumo é de grande porte, já existem medidores inteligentes e outras ferramentas. A startup CUBi, por exemplo, usa IoT para facilitar a telemetria da produção e consumo de energia, o que permite à Raízen oferecer aos clientes maior previsibilidade e otimização de suas operações.

Digitalizar tem ainda um papel fundamental na integração de fontes renováveis à rede elétrica. Sistemas de geração de energia solar e eólica podem ser monitorados e controlados, permitindo uma melhor previsão de produção e ajustes na distribuição de energia, o que garante maior eficiência na gestão dos recursos energéticos.

Eletrificação

Eletrificar uma cadeia ou um sistema já existente impulsiona o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços relacionados a geração, armazenamento e uso da eletricidade.

A frota de carros elétricos é um exemplo concreto desse desenvolvimento, já que o uso desses modelos influenciou no aumento de postos de recarga distribuídos pelo país. Ela se tornou uma exigência dos próprios consumidores, dando abertura para um novo negócio a partir da eletrificação. 

A mesma tecnologia tem sido usada para veículos de grande porte. Exemplo disso são os caminhões elétricos que começam a ser usados para o abastecimento de aviões em aeroportos, diminuindo as emissões de GEEs no setor. 

Mas, para que a eletrificação realmente tenha impactos ambientais positivos nesse sistema, a fonte energética precisa ser verdadeiramente limpa e renovável. Os eletropostos Shell Recharge da Raízen, por exemplo, são abastecidos com energia com certificado IREC ‒ International Renewable Energy Certificate (Certificado Internacional de Energia Renovável, em tradução livre). 

Nasce então uma nova unidade de negócios da Raízen, a Raízen Power. O objetivo da marca é simplificar a contratação de energia elétrica renovável em diferentes níveis, dando mais liberdade também para o consumidor pessoa física. 

Assim como as pessoas já escolhem serviços de streaming, planos de internet e outros serviços, a Raízen Power se prepara para a migração dos consumidores para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), possibilitando um consumo mais sustentável. 

Conheça https://raizenpower.com.br

Inovações em cada ponto da cadeia

Pensar em inovação no setor de energia vai além do que acontece dentro de uma usina. É preciso continuar buscando por soluções eficientes e sustentáveis, acompanhando tendências e estudando a viabilidade das novidades que surgem. Afinal, uma tecnologia que está sendo desenvolvida para outros mercados pode não se aplicar à cadeia produtiva brasileira. 

A produção de energia no país, por exemplo, já é majoritariamente renovável, portanto, não enfrentamos os mesmos desafios dos países europeus ainda dependentes de carvão. 

Ainda é necessário investir em distribuição mais descentralizada, como mencionamos anteriormente, levando opções de abastecimento diferentes para mais perto do consumidor final. 

Para o armazenamento de energia existem alternativas ao uso de baterias sendo estudadas e produzidas em todo o mundo. 

Na comercialização de energia, o mercado brasileiro está se encaminhando para negociações mais livres, mas já existem modelos de geração distribuída e de venda de excedentes. 

Com essa transformação, o impacto também é sentido no consumo, já que as pessoas passam a buscar aparelhos mais eficientes, econômicos e de menor manutenção. 

Dentro da cadeia de produção de energia, há sempre espaço para quem tem ideias transformadoras. O Pulse está sempre em busca de startups para se juntar ao nosso hub de inovação e desenvolver novas tecnologias com aplicações que vão do campo ao posto. 

Traga sua startup para o Pulse

Entre tantas inovações, como direcionar esforços? 

Já ouviu aquela expressão sobre escolher em quais batalhas vale a pena entrar? No cenário de inovação não é diferente. Uma grande empresa em busca de soluções ou diversificação de portfólio precisa pontuar diferentes fatores na hora de definir seus investimentos em inovação.

Por exemplo: como essa inovação agrega valor ao cliente? Qual é o custo de produção e implementação? Qual é o potencial de escalabilidade dessa ideia?

No caminho da inovação, investimentos, tentativas, erros e acertos, surgem as parcerias. Afinal, uma empresa não precisa criar tudo do zero ou fazer tudo sozinha.

A Raízen aposta nessa via de trabalho em conjunto. Assim, em conjunto, a Diel, que reduz o consumo elétrico de sistemas de ar condicionado, soma à sua solução a energia mais limpa e econômica da Raízen Power; a Cubi que monitora consumo e produção de energia, permite um cálculo mais preciso para a Raízen direcionar sua produção; a Heineken, além de usar eletricidade renovável da Raízen na fábrica, oferece também essa possibilidade para bares e restaurantes que vendem seus produtos. 

Conheça mais startups que já atuam em parceria com o Pulse

Da mesma forma, startups que atuam em diferentes pontos da cadeia de energia podem contar com o Pulse para conectar suas soluções às demandas da Raízen. 

Com cases que utilizam IoT, inteligências artificiais, big data, drones e mais, estamos construindo juntos um novo ambiente de negócios, visando eficiência, inovação e sustentabilidade para um futuro energizado.

Se a busca por soluções inovadoras em energia não param de acontecer, como estipular o valor de cada inovação no setor? Saiba criar valor com inovação e entenda que valor é esse. 

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Metodologias ágeis: como elas podem ajudar sua startup

Artigo redigido em colaboração com Luis Henrique de Rossi, coordenador de inovação digital e gestor do LACE, na Raízen.

Aumentar a eficiência, fazer entregas que agregam valor ao cliente e rentabilizar seus negócios estão entre os objetivos de qualquer empresa. Mas como chegar a esses resultados? E mais: como melhorá-los continuamente?

As metodologias ágeis oferecem caminhos para chegar lá de forma mais rápida do que os métodos tradicionais. Porém, não se engane: não se trata de pisar no acelerador a qualquer custo, mas de incluir paradas e pequenas entregas a cada etapa e recalcular rotas sempre que necessário. 

Existem diferentes ferramentas dentro das metodologias ágeis para organizar essas paradas, as entregas, o feedback e a comunicação. 

Ao longo deste artigo, vamos apresentar as principais delas, contar um pouco da sua aplicação na Raízen e dar dicas de como escolher a que melhor se adapta a cada projeto. 

Vamos saber mais? Boa leitura!

Para começo de conversa: o que são as metodologias ágeis?

Metodologias ágeis são um conjunto de práticas com o objetivo de entregar valor ao cliente de forma mais rápida e constante.

Elas surgiram na década de 1990, no mercado de sistemas da informação e de desenvolvimento de software. Era uma resposta aos processos longos, burocráticos e rígidos vigentes na época (e ainda presente em muitas empresas).

Além da agilidade presente no nome, a flexibilidade e a colaboração estão entre as principais características.

Como funciona uma metodologia ágil

Ao invés de seguir um plano detalhado desde o início do projeto, a equipe adepta da agilidade trabalha em ciclos curtos. Com isso, a equipe consegue entregar um conjunto de funcionalidades prontas para serem testadas e utilizadas. 

Ciclos curtos são períodos delimitados para realização de um trabalho planejado. Não deve ser menor que uma semana, para que haja tempo suficiente para construção de algo útil, nem maior que um mês para que não se demore em realizar novos lançamentos para o mercado.

Para acontecer na prática, as metodologias ágeis prezam pela comunicação e colaboração entre os membros da equipe e com o cliente. 

A divisão em etapas e a comunicação constante permitem que sejam feitos ajustes de rota ao longo do caminho. Dessa forma, é possível adaptar o que está sendo construído às necessidades do cliente e às mudanças conjunturais que aconteçam. 

Mais alguém se lembrou da pandemia de 2020? Ali, todo mundo precisou se adaptar, e muitos daqueles que ainda não conheciam as metodologias ágeis encontraram nelas uma forma de se reinventar.

Quais são as metodologias ágeis mais utilizadas?

Entre as metodologias ágeis mais utilizadas, podemos citar o Scrum e o Kanban. Como você verá mais adiante, cada uma delas tem suas particularidades, mas todas compartilham a mesma ideia central: entregar valor de forma iterativa e incremental.

Parte da fama do Scrum se deve ao sucesso do livro A arte de fazer o dobro de trabalho na metade do tempo, de Jeff e J.J Sutherland. Afinal, todos querem ser produtivos! É um método mais prescritivo, que diz exatamente o que tem que acontecer em cada sprint (ciclo). Pode não ser ideal para todos os projetos, mas é uma boa ferramenta para lançamentos em ciclos curtos. 

Já o método Kanban, muitas vezes confundido com o mero uso de um quadro com post-its, é muito mais que isso. Ele é uma forma de visualizar a distribuição do trabalho: o que pode ser feito paralelamente, quais tarefas precisam ser feitas em sequência, bem como o status de cada tarefa. 

4 metodologias ágeis para conhecer

Scrum: o Scrum se concentra em entregas frequentes e incrementais, trabalhando em ciclos de desenvolvimento curtos, chamados de sprints. A equipe de desenvolvimento é dividida em três papéis principais: Product Owner, Scrum Master e equipe de desenvolvimento. O Product Owner é responsável por gerenciar o backlog do produto, o Scrum Master garante que o processo seja seguido e a equipe de desenvolvimento é responsável por realizar as tarefas necessárias para entregar as funcionalidades do produto.

Kanban: O Kanban tem como objetivo principal visualizar o fluxo de trabalho e maximizar a eficiência da equipe. Ele se concentra em limitar a quantidade de trabalho em progresso e em minimizar o tempo de espera entre as tarefas. O processo é gerenciado em um quadro Kanban, que mostra o status de cada tarefa em tempo real. A equipe pode se adaptar rapidamente às mudanças, já que o processo é altamente flexível.

XP (Extreme Programming): o XP se concentra em práticas de desenvolvimento de software de alta qualidade, como programação em par, testes automatizados, refatoração constante e integração contínua. Ele tem como objetivo principal fornecer um produto final de alta qualidade, com foco em colaboração, simplicidade e feedback constante.

Crystal: o Crystal é uma família de metodologias ágeis que se concentra em adaptação às necessidades específicas do projeto. Ele se baseia em princípios de comunicação, reflexão e melhoria constante. O Crystal é dividido em quatro cores, cada uma com suas próprias práticas e características: Crystal Clear, Crystal Yellow, Crystal Orange e Crystal Red. A escolha da cor depende do tamanho do projeto e da complexidade envolvida.

Como escolher a melhor metodologia para cada situação?

Apesar de eficazes, nem sempre as metodologias ágeis serão a melhor opção para um projeto.

Afinal, para implementar um projeto ágil, é preciso um time integrado e engajado. A formação desse time pode demorar um tempo para atingir sua melhor performance, como demonstra a curva de Tuckman. Por isso, é fundamental avaliar o tipo de desafio a ser resolvido para decidir quando vale a pena esse esforço. Uma boa forma de ajudar na tomada de decisão sobre o melhor método a seguir, é seguir um framework chamado Cynefin. 

O Cynefin é um modelo conceitual desenvolvido por Dave Snowden para ajudar as pessoas a entenderem melhor a natureza dos problemas que enfrentam e a tomarem melhores decisões. 

Ele se concentra em quatro domínios ou contextos: simples, complicado, complexo e caótico. Cada domínio requer diferentes abordagens e ferramentas para serem resolvidos de forma eficaz.

Se o contexto é um problema simples e bem compreendido, as boas práticas e um bom roteiro de atendimento tradicional são suficientes para resolver.

Um contexto complicado é aquele mais difícil, que envolve etapas, mas que o caminho da solução já é conhecido. Não é preciso explorar ou descobrir, só é preciso construir. E isso pode ser feito a partir das boas práticas de um desenvolvimento de projeto tradicional, também chamado de projeto cascata. Nesses casos, o Kanban também ajuda a visualizar as tarefas e etapas.

Já num contexto complexo ou caótico, temos algo novo, em que é preciso explorar e testar com o cliente. Nesse caso, os sprints do Scrum ou do Crystal ajudam a criar etapas. Esses métodos otimizam a adaptação e comunicação, ajudando a equipe a lidar com o ambiente em constante mudança.

Nesses casos, o primeiro desafio é decifrar qual é o valor que o cliente espera. Pelo que ele está disposto a pagar? O que posso agregar na vida dele? Aqui é importante lançar uma versão, sentir o feedback do cliente, lançar uma nova versão, sentir de novo o feedback, entrevistar para ver se a equipe está indo na mesma direção do cliente. 

Por exemplo: se o cliente não está usando um recurso lançado em MVP (mínimo produto viável), que é uma versão mais simples daquela ferramenta, pode ser o caso de abandonar, ou pivotar, para não escalar algo que não tem adesão. 

Entregas faseadas

A principal mudança de pensamento é escutar o público, desenvolver coisas pequenas em um prazo curto. Assim dá para testar se aquilo realmente funciona, em vez de fazer grandes desenvolvimentos para só no fim de tudo avaliar os resultados.

Por exemplo, em vez de lançar apenas três ou quatro versões de um sistema por ano, é recomendável lançar versões mais curtas, uma vez por mês, ou até mesmo numa frequência maior. Com isso, consegue-se medir melhor o impacto de cada atualização. 

Como identificar a necessidade do cliente?

No início da adesão às metodologias ágeis, as entrevistas individuais com o cliente são a principal forma de coletar informações. Com a evolução da agilidade, a empresa pode adotar técnicas mais modernas, como análise de dados, pesquisas quantitativas e qualitativas. 

A Raízen conta com um time de Data Analytics que gera insights importantes para melhorias.

Independentemente da estrutura, é fundamental que a equipe consiga responder a perguntas como estas:

  • O que a gente quer construir?
  • Qual é o objetivo dessa construção?
  • O que a gente espera reduzir ou aumentar?
  • Como vamos monitorar se teve efeito ou não?

 A conversa com o cliente ajuda a responder essas perguntas. A partir daí, o time produz uma documentação enxuta, restrita ao tema, e desenvolve, lança e mensura se o resultado foi atingido.

Dicas para implementar metodologias ágeis na sua startup

Gostou de saber sobre metodologias ágeis, mas ainda está em dúvida de como aplicar na sua empresa? Reunimos 6 dicas para ajudar:

  1. Estude o tema: existem livros, cursos (pagos e gratuitos), podcasts e canais no YouTube que ajudam a entrar nesse universo. Além disso, busque comunidades e fóruns sobre o tema, pois a troca de experiências ajuda muito a visualizar caminhos
  2. Engaje a equipe: é importante que o time conheça o propósito e os objetivos macros da sua empresa, bem como os objetivos das metodologias. Assim, cada colaborador consegue entender o porquê de cada tarefa, das reuniões, das trocas, e passa a ser mais ativo e propositivo em cada passo. Além disso, criar um ambiente colaborativo é essencial.
  3. Não tente implementar tudo de uma só vez: parar tudo para reestruturar todo o método de trabalho levaria tempo e seria difícil de rentabilizar de imediato. Em vez disso, vale ir pouco a pouco. Como eu posso escutar mais o meu cliente? Como fazer lançamentos em ciclos mais curtos? Como fazer meu time trabalhar com mais autonomia, mais em conjunto?
  4. Tenha um feedback constante: as metodologias ágeis são baseadas em feedback constante. Aqui é importante tanto o feedback do cliente quanto o da própria equipe. É a partir dessa coleta que serão gerados os insights de melhoria. Então, certifique-se de que a equipe esteja sempre se comunicando e recebendo essas respostas para melhorar continuamente.
  5. Mantenha a transparência: a transparência é essencial em metodologias ágeis. Certifique-se de que a equipe esteja sempre atualizada sobre o progresso e os obstáculos encontrados.
  6. Adapte-se às mudanças: as metodologias ágeis são flexíveis e adaptáveis. Esteja disposto a mudar as táticas e processos, se necessário, para atingir os objetivos do projeto.

Lembre-se, a implementação de metodologias ágeis é um processo contínuo e evolutivo. Com o tempo, a equipe pode descobrir o que funciona melhor para o projeto e ajustar as práticas conforme as necessidades. Com dedicação e comprometimento, a sua startup pode colher os benefícios de uma abordagem ágil.

Metodologias ágeis no dia a dia da Raízen

Além de contar com processos robustos e muito bem estruturados, hoje a Raízen também vê os benefícios de incluir as metodologias ágeis em algumas áreas. 

Prova disso é a criação de um setor dedicado para dar agilidade às inovações da Raízen: o Lean Agile Center of Excellence (Lace). 

Os primeiros testes de metodologia ágil ocorreram num piloto com um fornecedor e num produto muito importante, o CS online, responsável pela venda de combustíveis aos postos.

Uma das primeiras missões era melhorar o sistema de abertura de chamados. Numa entrevista, um cliente, dono de posto, mencionou que seria bom se houvesse um chat. O curioso é que o chat já existia, mas o botão não estava na área em que as pessoas normalmente procuram.

A solução era simples, e o resultado foi visível. Ao passar o ícone de abertura do chat para baixo, o volume de pessoas que utilizavam o recurso aumentou bastante.

Nas duas ocasiões, ao trazer os clientes mais para perto, foi possível chegar a resultados muito bons. Hoje, o time atua em diversas áreas de negócio, auxiliando na adoção das metodologias ágeis e consequentemente, na melhor entrega aos clientes.

Além das metodologias ágeis, novas ferramentas de Inteligência Artificial podem ajudar a otimizar e acelerar processos. Confira: Como fazer da Inteligência Artificial (IA) uma aliada da sua startup

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Como fazer da Inteligência Artificial (IA) uma aliada da sua startup

O que era apenas tendência já é realidade consolidada: a inteligência artificial vem ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas, em diversos setores.

O time de RH, a área jurídica, o setor financeiro, a galera do marketing… todas as áreas podem aproveitar as vantagens da IA.

De acordo com o Market Report, estima-se que o mercado de IA atinja US$ 459.3 bilhões até 2030.

Mas quais são os limites entre o uso da inteligência artificial como uma facilitadora de tarefas do dia a dia e a dependência dessa ferramenta para os processos?

Continue com a gente para entender o impacto da inteligência artificial no trabalho, seus desafios, como ela pode ser implementada e mais.

As definições de Inteligência Artificial foram atualizadas

Inteligência artificial é um campo pertencente à ciência da computação, voltado para a criação de máquinas que são capazes de “pensar”, aprender e reproduzir determinados tipos de conhecimento.

Algumas aplicações da inteligência artificial são, por exemplo:

  • Machine learning: em tradução, “aprendizado de máquina”. É a capacidade de computadores analisarem dados e, com base na observação de padrões, criarem previsões de comportamento de sistemas complexos. 
  • Deep learning: um método de machine learning em que o aprendizado é feito de forma iterativa. São utilizadas redes neurais que simulam o funcionamento do cérebro humano. Assim, os computadores podem ter raciocínios um pouco mais profundos, como lidar com abstrações e solucionar problemas mal definidos.
  • Visão computacional: aqui, computadores podem extrair significados e informações relevantes vindos de imagens, vídeos e outros formatos, de maneira similar à visão humana.
  • Processamento natural de linguagem: quando há a interação entre computadores e a linguagem humana, possibilitando máquinas a compreenderem, aprenderem e analisarem conteúdos como textos e áudios.

Os desafios para incorporar a IA nos negócios

É certo que as plataformas inteligentes trazem diversas possibilidades para empresas, como a automação de tarefas, análise de dados e previsões de resultados.

Há empresas que nem sequer começaram a implementar a inteligência artificial e compreender como essa tecnologia funciona tende a ser um dos primeiros obstáculos.

Mas e se for necessário um trabalho criativo, por exemplo? Como utilizar a inteligência artificial de forma complementar – e não mandatória – nas ideias propostas pela sua equipe?

Este é outro desafio enfrentado por profissionais que buscam a ajuda dos robôs.

Ah, e o uso eficiente da inteligência artificial requer qualificação (nem sempre há pessoas que conhecem, ao mesmo tempo, a ferramenta e o seu negócio a fundo). Também pode exigir que a equipe seja multicultural.

Algumas preocupações legais ou de compliance podem aparecer, afinal, a legislação não acompanha a evolução tecnológica na mesma velocidade em que ela avança. Por exemplo, se um sistema trouxer dados enviesados com relação a grupos minoritários, um debate ético entra em questão.

Você pode se interessar: O dilema do inovador: como a revolução pode salvar sua empresa

Considere essas ideias para aplicar a IA nos processos

Mas como, de fato, usar a inteligência artificial dentro dos negócios? Como você já percebeu, são múltiplas as possibilidades.

As facilidades da IA podem ser aplicadas e exploradas em níveis estratégicos, no nível de gestão de pessoas e no nível operacional, na melhoria de processos.

Listamos abaixo alguns dos usos mais comuns, mas vale lembrar que cada empresa tem necessidades específicas. Nossas sugestões são para:

  • Trazer mais conveniência e acessibilidade aos usuários
  • Ter tomadas de decisões mais certeiras, devido à análise de dados
  • Aumentar a produtividade, visto que reduz certos esforços manuais
  • Aprimorar o recrutamento e a seleção de talentos
  • Conseguir automatizar operações de rotina, como cadastros e consultas
  • Compreender os desejos dos clientes, criando experiências sob demanda
  • Analisar a concorrência e ter insights para diferenciação
  • Fazer o gerenciamento de estoque e economia de recursos

Como começar a usar a Inteligência Artificial na startup?

Após identificar uma demanda que possa ser resolvida com a ajuda da inteligência artificial, estude qual é a tecnologia que melhor se aplica.

Tente escalar os desafios que surgirão nessa estratégia, definindo expectativas realistas e procurando medir os resultados possíveis da ação.

Entenda quais são as potencialidades e limitações que ela tem a oferecer e faça testes. Vale escrever um case piloto e redesenhar processos, se necessário.

Um lembrete importante: a IA não pode resolver todos os problemas ou executar todas as tarefas do seu negócio, portanto, você deve examinar casos específicos.

IA não é apenas uma tecnologia simples que pode ser integrada com mudanças organizacionais. 

Em vez disso, você também precisa preparar sua força de trabalho manual para adotá-la, envolvendo mais pessoas do time.

Leia também: Como definir o que é relevante no contexto de hiperinformação

Inspire-se com esses cases de sucesso do uso de IA 

E vamos de casos reais de marcas que têm apostado na inteligência artificial como um diferencial competitivo!

Algumas podem até parecer distantes da realidade da sua empresa ou startup, mas o interessante mesmo é observar, além de qual IA é usada, como ela é usada. 

Vale até fazer um breve exercício para imaginar quais desafios essas empresas têm a enfrentar e o que você faria para resolvê-los, se fizesse parte do time de profissionais.

Prepare-se para os insights.

Google

Já percebeu que, quando você utiliza o Google Docs ou o Gmail, aparecem algumas palavras como sugestão para completar sua frase? Isso é inteligência artificial.

Amazon

“Alexa, o que é a inteligência artificial?”… uma das assistentes virtuais mais famosas do mundo facilita o dia a dia de milhares de pessoas.

Tesla

A fabricante de carros elétricos vem desenvolvendo chips de direção autônoma desde 2016. A proposta é que o usuário apenas digite o destino e o veículo se encarrega do restante.

Microsoft

Além de ter uma plataforma com recursos para desenvolvedores usarem a IA em seus aplicativos, a Microsoft anunciou o lançamento do Kosmos-1. O novo modelo apresenta uma inteligência artificial multimodal. Unindo diferentes recursos, ela é capaz de analisar imagens, fazer reconhecimento visual de textos, resolver quebra-cabeças e processar informações em linguagem natural.

Raízen

A companhia utiliza a inteligência artificial em diversas etapas do ciclo produtivo: no planejamento agrícola, no aumento da produtividade, na redução de desperdícios nos parques de bioenergia e até no relacionamento com revendedores nos postos Shell. 

16 ferramentas de Inteligência Artificial para o seu negócio

Depois de todo esse guia com perspectivas, informações e conselhos sobre o uso de Inteligência Artificial nas startups, que tal uma lista com ferramentas úteis para ter na manga?

Selecionamos inteligências artificiais com finalidades diferentes, que podem ser adaptadas à realidade do seu negócio e da sua equipe. Confere aí:

  1. ChatGPT: talvez seja uma das IAs mais conhecidas, esse é um chatbot especializado em diálogo que tem dado o que falar pela sua capacidade de criar textos simples e de automatizar tarefas corriqueiras.
  1. Jasper: outra ferramenta para a produção de conteúdo, Jasper é uma plataforma que promete escrever textos em diversos formatos para as redes sociais. 
  1. Synthesia: tem foco na criação de vídeos por meio de avatares, que são gêmeos digitais de atores reais.
  1. Murf: você insere o texto e a plataforma devolve uma locução com vozes de pessoas reais. Serve para podcasts, vídeos e apresentações.
  1. Jenni: a solução proposta por esta assistente de escrita é aprimorar e completar os textos que você precisa com ferramentas como preenchimento automático, paráfrases e citações.
  1. DALL-E 2: inteligência artificial para criação de imagens? Tem também. O sistema cria imagens realistas a partir de uma descrição em linguagem natural.
  1. Tome: e se você precisar criar uma história com início, meio e fim, envolvendo problemáticas, soluções e um grand finale? Tome é uma IA para storytelling e serve, inclusive, para a apresentação de pitches.
  1. Fireflies: para dar adeus às anotações desorganizadas nas atas de reuniões.
  1. Timely: ideal para automatizar o controle de tempo gastos nas tarefas diárias do time.
  1. Verbum: com foco na comunicação multilíngue, a plataforma traduz, transcreve e cria legendas em mais de 80 idiomas.
  1. Midjourney: um laboratório de pesquisa independente que explora novos meios de pensamento e expande os poderes imaginativos da espécie humana.
  1. Looka: para criação de logotipos e identidade visual simples.
  1. You: um buscador que garante privacidade nas pesquisas feitas e que você personalize os resultados. Dentro dele, há outros serviços para criação de conteúdo em chat (YouChat), em texto (YouWrite) e imagens digitais (YouImagine).
  1. DreamStudio: outra forma de criar imagens em alta qualidade, do que você imaginar, com inteligência artificial em segundos.

Startups focadas em Inteligência Artificial no Pulse

As startups parceiras do Pulse também estão na ponta do desenvolvimento de tecnologias de IA que impulsionam negócios. Conheça duas que já têm projeto rodando na Raízen:

  1. Datarisk: usando Machine Learning, fazem previsões por meio de análise de dados para que as tomadas de decisão do cliente sejam mais assertivas.
  2. Onisys: plataforma de IA de segurança de trabalho para prevenção de acidentes rodoviários com ferramentas para otimizar processos de gestão de SSMA.

As opções de inteligência artificial não param de crescer e estão ficando cada vez mais sofisticadas. A tendência é que essas tecnologias e seus desdobramentos se tornem pilares importantes para atividades diversas, na forma de softwares capazes de executar funções cotidianas.


Em resumo: para quem deseja se beneficiar das vantagens da inteligência artificial, é válido começar aos poucos. São tantas surpresas e novidades ao longo do caminho, você não vai querer deixar de percebê-las e aprimorar seus conhecimentos de como a inteligência das máquinas pode impulsionar o seu negócio.

A inteligência artificial é um dos aspectos da realidade phygital. Ainda não sabe o que é isso? Clique e fique por dentro.

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Como definir o que é relevante no contexto de hiperinformação

Aprenda a se orientar e obter a melhor leitura de cenário em um contexto de hiperinformação.

Hiperinformação: a palavra soa complicada, e o significado é tão complexo quanto. 

A era da hiperinformação, como é conhecido o período em que vivemos, simplificou e democratizou o acesso à informação. Com tantas fontes simultâneas de conteúdo, fica complicado diferenciar o que vale do que não vale tanto assim a nossa atenção. 

Para os gestores de startups, é essencial ser capaz de fazer uma leitura fiel do atual cenário econômico, político e social. Quando se inicia um novo projeto tecnológico, o objetivo é solucionar um problema real, e compreender o contexto previne problemas futuros. 

Mas como traçar um caminho certeiro no oceano de hiperinformação na era do doomscroolling – o hábito de ficar navegando por notícias ruins na internet? 

Ninguém está dizendo que será fácil, mas alguns métodos auxiliam no difícil plano de se manter informado sem se perder no caminho ou cair nas notícias falsas e tendenciosas. 

Hiperinformação e desinformação

Nunca estivemos tão informados e, ao mesmo tempo, perdidos em meio a tanto conteúdo. A era da pós-verdade, como definem alguns autores, se baseia muito mais na conexão afetiva entre os envolvidos com o fato do que no compromisso com a verdade.

Vivemos em um cenário social com mudanças rápidas e constantes. Novas ferramentas, soluções digitais e redes sociais surgem no horizonte a cada vez que pensamos: “será que alguém já projetou isso?”. 

Com tanto material disponível, fica fácil se perder e cair em armadilhas predefinidas por algoritmos que nem sempre têm boas intenções. É o que chamamos de desinformação causada pela hiperinformação. 

Sem contar a competição por atenção. Sim, estamos cada vez mais seletivos e cada vez menos pacientes. 

Você já deve ter sentido sono ao se deparar com um texto com mais de dois parágrafos, correto? A crise da atenção, ou stolen focus, também é consequência do dinamismo de informações da atualidade. 

4 técnicas para identificar as melhores fontes de informação 

Se temos muito conteúdo disponível, pouco tempo e menos foco ainda, aprender técnicas de pesquisa e identificação de informações relevantes pode poupar muita dor de cabeça. 

Escolha de fontes confiáveis 

Como falamos, a pós-verdade é mais sobre sentimento do que sobre fatos. Então, se determinada notícia parece boa demais para você, desconfie.

Busque notícias em sites com URLs confiáveis, de grandes veículos e grupos de comunicação do país e do mundo. Além disso, sempre que possível, pesquise o mesmo fato em mais de uma fonte. 

Existem ferramentas para checagem de fatos, como Aos Fatos, Fato ou Fake (nacional) e Fact Check (internacional). Elas são gratuitas e foram criadas para auxiliar a navegação, use à vontade. 

Menos é mais

Apesar de ser importante comparar um mesmo fato em mais de um veículo, priorizar qualidade ao invés de quantidade previne cair em tentação e se perder em meio a tantos dados disponíveis. 

Elenque de dois a quatro veículos de confiança para recorrer sempre que tiver a necessidade de alguma informação específica, e não espere que saber todos os detalhes, números e estatísticas vai lhe ajudar a entender mais. Na maioria das vezes, ficamos ainda mais confusos. 

Cuidado com as autoridades das áreas 

Mesmo que a pessoa ou influenciador seja expert na área, ou se posicione como tal, não significa que ela necessariamente será sua melhor fonte de informação. 

O mercado editorial também caminha junto com o de influência (e isso não é algo ruim, mas pode ser tendencioso). Evite ter como única fonte pessoas que são autoridades em determinadas áreas.

Aplicativos a seu favor

Principalmente para quem trabalha com startups de mercado financeiro e tecnologia. Existem aplicativos desenvolvidos para condensar informações do mundo todo em telas simplificadas, e enviar notificações de acordo com filtros que você determina. 

Por exemplo: se estar à par da variação do dólar é importante para o seu negócio, utilize aplicativos de câmbio que emitem alertas quando a moeda chegar ao valor que você julga interessante. 

Algumas ferramentas do Google Notícias auxiliam nisso também. Ao indicar os assuntos do seu interesse, você recebe na sua caixa de entrada as principais notícias, quando houver, indicando uma busca por palavras-chave e outros termos relevantes. 

Estar informado com qualidade, utilizando os métodos certos, evita desgaste mental e emocional e auxilia a manutenção do seu negócio. Navegar é necessário, mas quem trilha os caminhos somos nós mesmos – e a qualidade da rota é mais importante do que estar em todos os lugares ao mesmo tempo. 

Para receber informações precisas, atualizadas e dicas interessantes no seu e-mail, assine a Newsletter de Inovação do Pulse. Inscreva-se neste link!

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De startup inovadora a empresa sólida: como dar o salto

Na mesma medida em que buscam trazer uma solução inovadora para algum gap do mercado, as startups também visam o crescimento. Nessa jornada, elas enfrentam os mesmos desafios que empresas jovens vivenciam, mas com a diferença de ter um mindset ágil e mais flexível a mudanças. 

Esse diferencial é importante para a consolidação da empresa, de um jeito muitas vezes mais rápido que em empresas tradicionais. A seguir vamos te mostrar algumas formas de solucionar desafios dentro da sua empresa e de buscar investimentos para escalar.

Desafios que uma startup enfrenta no período early stage

A abertura de uma empresa nem sempre é algo fácil. Existem algumas questões fiscais que podem dificultar esse processo como: regulamentação, alta carga tributária, dificuldade de conseguir um empréstimo e altos juros. 

A captação de recursos e a gestão financeira acaba sendo um dos maiores desafios durante o early stage. As startups precisam de investimento em pessoas e infraestrutura, além de, no caso daquelas que lançam produtos, investir em matérias-primas e muitos testes para a validação.

Os testes A/B e as tentativas de aprimorar o produto/serviço depois que ele já está no mercado consomem muitos recursos e tempo dessa startup. 

No early stage, a empresa está começando a ser conhecida e a conquistar clientes, mas ainda está em fase de validação de produto/serviço. 

A gestão financeira é, por tudo isso, um ponto crucial para o negócio. Assim, se pode buscar, administrar e distribuir recursos, de forma a garantir o avanço da startup.

Rituais para superar desafios das startups

Os desafios fazem parte do cotidiano das startups que são iniciantes no mercado. Listamos algumas práticas que podem ser úteis para a melhoria constante da empresa e para a resolução de eventuais problemas.

Práticas de rotina

  • Liste quais foram os principais motivos que levaram seu produto a ser devolvido ou mal avaliado. Use isso como base para seu roadmap de produto.
  • Controle as taxas de desistência/devolução e analise quais públicos ou produtos estão relacionados a elas. Às vezes é preciso abrir mão de um produto que não atende seu público ou rever o público-alvo. Use o feedback que receber para avaliar se esses produtos/serviços/públicos são estratégicos para o negócio.
  • Saiba medir o valor de ciclo de vida do seu cliente, ou Lifetime Value (LTV). Assim é possível identificar qual público gera mais valor e focar nele.
  • Tenha ferramentas para medir a satisfação dos clientes. Pode ser uma NPS, uma entrevista, pesquisa de satisfação ou ICP. O resultado dessas pesquisas geram muitos insights.

Práticas para controle das finanças

  • Identifique quais os custos que a startup tem para entregar cada solução que oferece, incluindo todos os gastos com infraestrutura. A partir disso reveja seu orçamento e onde é possível economizar ou se o preço do produto/serviço precisa ser alterado.
  • Faça periodicamente testes de precificação, veja qual é o preço do produto/serviço no mercado e como é sua percepção pelos consumidores. Isso vai lhe mostrar se você precisa reajustar e/ou aumentar seu preço. 
  • Deixe atualizado o número de clientes que você precisa para as operações funcionarem e para que haja lucro. Esses números quando relacionados ao seu faturamento podem indicar que é possível aumentar a eficiência.

Dicas para como crescer de forma sustentável

Desde a fundação o que as startups buscam é crescer. Para isso, também existem alguns rituais e dicas. Confira:

Práticas para a startup escalar:

  • Analise todo o processo de vendas. É importante fazer testes em todas as etapas do funil de vendas e tentar aumentar a conversão. Sua empresa terá mais sucesso se seguir abordagens de conversão mais prováveis e rápidas.
  • Transforme as práticas dos melhores membros do seu time de vendas no seu padrão de vendas. Por isso, faça capacitações, incentive trocas entre os membros e tenha uma política de incentivos.
  • Saiba de maneira detalhada como o seu custo de aquisição de clientes (CAC) varia a partir dos seus perfis de clientes Assim você vai saber em quais clientes deve focar para ter mais rentabilidade.

Seja analítico: saiba quais são suas métricas e como olhar seus números.Tenha um bom time de BI para isso

Parcerias para crescer

E lembre-se: não se cresce sozinho. Buscar parcerias é fundamental para a consolidação da sua startup. Confira mais 8 dicas:

  1. Busque incubadoras e aceleradoras
  2. Tenha o apoio de uma venture building 
  3. Se apoie na ciência de dados nos seus processos e planejamento
  4. Tenha um time qualificado, você não precisa ser especialista em tudo, mas é preciso ter especialistas em todas as áreas da empresa
  5. Participe de eventos e faça networking
  6. Participe de rodadas de investimentos
  7. Parcerias com hubs como o Pulse

Outros caminhos para as startups

Além de se tornar uma empresa consolidada no seu setor, existem outros marcos que demonstram o sucesso de uma startup. São os chamados pontos de exit, que implicam grandes mudanças na estrutura inicial. Confira algumas formas de exit: 

Fusões

A fusão une pessoal e produção de duas empresas que antes eram concorrentes para formar uma entidade recém-combinada que pode avançar e crescer.

Aquisições

Em uma aquisição, uma empresa absorve totalmente outra e mantém seu próprio nome e estrutura societária. Com isso ela pode diversificar sua linha de produtos, expandir sua base de clientes e manter ou obter o domínio de seu mercado. 

IPO

IPO ou Oferta Pública Inicial, nesse processo uma empresa passará a ter o seu capital aberto. Assim, investidores de diferentes portes injetam capital nessa empresa e passam a ter uma porcentagem dela (ações). Isso pode influenciar na forma como a empresa será administrada. Para os fundadores, o negócio se expandirá e gerará lucros adicionais, mas será preciso abrir mão de parte do controle da startup

Sociedade de Aquisição de Propósito Específico 

Uma empresa de aquisição de propósito específico é uma entidade criada separadamente, ela é usada para arrecadação de capital que é investido em outras empresas. É uma espécie de empreendimento coletivo, em que o risco financeiro é compartilhado por demais empresas de um mesmo setor. Uma sociedade de aquisição de propósito específico capta dinheiro de investidores que não têm controle sobre onde os recursos serão gastos. Essa pode ser uma boa opção para startups que não querem ou não podem abrir seu capital sem ajuda direta de outras instituições.

Esses são alguns caminhos possíveis para pensar o futuro da sua startup. É importante entender bem o contexto da sua startup e estudar que formas de conseguir investimentos e de crescer são as melhores opções para o seu negócio. 

Para entender mais sobre as necessidades da sua empresa é preciso de um bom planejamento. Este texto vai te ajudar a entender qual tipo de planejamento estratégico sua startup precisa. 

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